sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Marylin Monroe por Bert Stern

Não adianta.
Ela é única.

Um descompasso com o mito, as lentes de Bert Stern, o fotógrafo da revista Vogue, revelam, no último ensaio produzido, uma Marilyn menos diva e mais Norma Jean Baker. As Imagens foram feitas há 45 anos, um mês antes de Marilyn Monroe, uma das mulheres mais desejadas do mundo, morrer.Lindsay Lohan perto dela, é fichinha.

Bert Stern não pensou duas vezes. Marilyn Monroe disse sim ao seu convite.O fotógrafo queria colocar a musa na capa da revista Vogue.

No dia 23/06/62 levou para a suíte do hotel Bel-Air lenços e jóias. Ela chegou com 5h de atraso.

Marilyn queria fazer nú, mas tinha uma cicatriz na barriga causada por uma recente operação de vesícula:_Será que vai aparecer? perguntou.

Dona de uma beleza madura, neste ensaio ela assume as ruguinhas, as sardas, o corpo cicratizado e fora de forma."Era uma grande cicatriz, mas não me incomodou. Uma mulher também pode ser bonita por sua cicatriz", diz o fotógrafo.

A mulher mais desejada do mundo, estava envelhecendo.E não passava por um bom momento profissional nem afetivo.

Ela havia acabado de ser despedida de um filme, estava divorciada do último marido, o dramaturgo Arthur Miller e lutava contra o vício de barbitúricos, mas nada que a impedisse de beber três garrafas de champagne durante o ensaio. Sentia-se solitária.

Era fácil trabalhar com ela", lembra Stern. "Quis saber sobre os filmes que eu fiz, era muito curiosa. Muito divertida. Engraçada, sexy, bonita."

Mas a beleza nua de Marilyn não interessou à "Vogue". Quando eles viram como ela estava linda, quiseram fazer um ensaio de moda, com ela. Vestida.

De 2.571 cliques feitos por Stern em três dias, foram as imagens com o vestido que a revista escolheu e que publicou um dia após a morte da atriz.


O ensaio ficou guardado até 1982 , quando finalmente veio à conhecimento público.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Nininha

-O que você quer dizer com isso?Que eu sou culpada pela morte da Nininha?
- Não, não foi isso que eu quis dizer....
-Não, você quis dizer isso sim. Aliás, foi isso que você disse.
-Não, eu estava dizendo que a Nininha era muito mimada,e que você fazia todas as suas vontades. No dia que você resolveu fazer a sua...olha só no que deu...
- Eu não acredito no eu que estou ouvindo...
-Não é nenhuma novidade.Você só ouve o que quer mesmo.
- Você é um ingrato. Está faltando um chip em você? Não consegue perceber o meu sofrimento?Eu quase não estou suportando esta dor...
-Você sofre demais. Esquece . A Nininha não merece seu sofrimento.
- Como assim? Se você morresse talvez eu não sentisse tanto...
- Eu não seria louco de fazer o que a Nininha fez.
- Você não chega aos pés da Nininha...
- Está bem, meu amor. Acabou esse papo. Vamos deixar de discussão e vamos sair pra jantar.
- Eu não posso.. Cada vez que olho aquela janela, vejo a Nininha pendurada, morta.
-Deixa disso. Essa cachorra era muito mimada.Só porque você a prendeu um pouquinho no quarto, a danadinha se jogou pela janela
- O que você quer dizer com isso? Que eu sou culpada pela morte da Nininha?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Palace II


Dez anos depois, as vítimas da tragédia do Palace II ainda não foram contempladas com uma solução da justiçado Rio de Janeiro.
Existem familias que ainda vivem em hotéis sem que as autoridades competentes façam algo para mudar essa situção calamitosa.
São 120 familias prejudicadas e abandonadas pelo Estado.
Eu fiquei indignada, essa situação é uma vergonha!
Essas familias passaram por todo tipo de traumas.Viram seu patrimonio desabar, oito pessoas morreram, perderem seus lares , seus bens e ainda perderam suas referências emocionais e afetivas sem que ninguém se importe com isso .
Em 2005 o engenheiro responsável pela obra e o construtor Sergio Naya foram absolvidos pelo crime de responsabilidade.
A justiça deveria ser rápida para indenizar as famílias, vítimas da tragédia e do descaso e não para absolver criminosos que andam por aí, como se nada tivesse acontecido.

ISSO É UMA VERGONHA!

Justiça Já para os moradores do Palace II

ALERTA AOS URSOS POLARES


O derretimento dos gelos marinhos, devido à mudança climática e à falta de ação governamental, colocará em risco a sobrevivência dos ursos polares do Canadá nos próximos 50 anos.

Nós precisamos realmente nos envolver com as coisas que andam acontecendo no mundo.

Precisamos nos posicionar. Porque senão não deixaremos absolutamente nada de herança para as gerações futuras.

Isso me entristece.

Porque estou no mundo, e coloquei no mundo três lindas criaturas e gostaria que eles e todos que ainda virão, não um mundo perfeito, mas um mundo digno de se viver.

Lutar pelo nosso direito à vida é ato de cidadania e de amor.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sobre Escolhas...

Somos nossas escolhas

Somos vítimas de nossas escolhas.

Estarmos aptos para vivenciar o que escolhemos, é que por vezes se torna o grande problema.

Muitas vezes, torna-se mais fácil culpar os outros pela nossa incapacidade de realizações, ou na esfera dos fracassos dos relacionamentos amorosos, culpar o amor por não sermos amados como merecíamos, ou responsabilizar os filhos pelos erros sendo que nós mesmos os criamos.

Escolhemos nossa vida, nosso trabalho, nossos companheiros, a cor do nosso carro, nosso médico, assim como escolhemos se vamos viver bem ou se vamos viver mal.

Melhor ainda é pensar em quem são os felizardos no campo das escolhas. Poder escolher acaba sendo um privilégio num país como o que vivemos.De miséria e pobreza de uma grande maioria.

Mas num mundo acelerado que vivemos, pouco nos damos conta desse privilégio

Quem não conhece uma pessoa que adora posar de vitima das circunstâncias?

Acaba sendo tão mais fácil culpar os outros do que as nos mesmos pelas escolhas que fazemos.

Assumimos tantos papéis, que por vezes esquecemos apenas de sermos nós mesmos.

E não há como fugir:Nós somos nossas escolhas.

Oxalá pudéssemos sempre escolher as opções que fortalecessem nosso ego ou enriquecesse nossas emoções.

Oxalá que nossas escolhas nos tornassem mais humildes, mais pacientes, mais preservadores ao invés de destruidores....

Por vezes escolhemos os caminhos mais difíceis para trilhar. Optamos pelas escolhas fáceis, que a curto prazo parecem as melhores, mas que a longo prazo terminam em dor e decepção.

Ainda bem que as escolhas não são definitivas.

Como seres humanos temos a capacidade de rever nossas atitudes.

E revendo, podemos fazer novas escolhas e procurar assim encontrar o caminho de nós mesmos.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Bicampeão da Taça Guanabara


Tú és time de tradição...
raça, amor e paixão, ó meu mengo....

Fidel Castro

Hasta la Vista Comandante!
Como não sou uma expert em política internacional e também não sou astróloga para prever o futuro, escolhi dentre todos os artigos que li o que mais se assemelhava ao meu modo de pensar sobre a Ilha e resolvi postar.
O artigo é de José Flávio Sombra Saraiva




Artigo publicado "O Globo de 21/02/08

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Filmes da Semana


Rock o Lutador
A Idade da Terra de Glauber Rocha
Eu quero ser John Malcovich
A Profecia
Amor Sublime Amor Musical de Robert Wise. 1961.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Xico Sá

Gente, não resisti a este Blog do Xico Sá e como aqui é espaço de compartilhar...
antes porém, pedi permissão e ganhei, como podem ver:

"
Fatima, querida, adorei a visita. e pode reproduzir aa vontade qualquer texto do blog ou donde voce encontrar.pela livre reprodução. beijo, xico"

o carapuceiro





A GENTE SE VÊ - PARTE II

“A gente se vê.” Pronto, phodeu, eis a senha para o nunca mais, o “never more” do corvo do tio Edgar A. Poe.

A gente se vê. Corta para uma multidão no viaduto do Chá.

A gente se vê. Corta para uma saída de estádio lotado em dia de decisão do campeonato.

A gente se vê. Corta para “onde está Wally”.

Nada mais detestável de ouvir do que essa maldita frase. Logo depois a porta bate e nem por milagre.

Jovens mancebos, evitem essa sentença mais sem graça. Raparigas em flor, esqueçam, esqueçam.

Melhor dizer logo que vai comprar cigarro, o velho king size filtro do abandono. Melhor dizer que vai pra nunca mais. Melhor o silêncio, o telefone na caixa postal, o telefone desligado, o desprezo propriamente dito, o desprezo on the rock´s.

A gente se vê uma ova. Seja homem, torque de palavras, use o código do bom-tom e da decência. A gente se vê é a mãe, ora, ora.

Como canta o Rei, use a inteligência uma vez só.

Esse “a gente se vê” deveria ser proibido por lei. Constar nos artigos constitucionais, ser crime inafiançável no Código Penal.

A gente se vê é pior do que a gente se esbarra por ai. Pior do que deixar ao acaso, que jamais abolirá a saudade, que vira uma questão de azar e sorte.

Melhor dizer logo “foi bom, meu bem, mas não te quero mais”. YO NO TE QUIERO MAS, como na camiseta mexicana que ganhei. Dizer foi bom meu bem e pronto, ficamos por aqui, assim é a vida, sempre mais para curta do que longa-metragem.

A gente se vê é a bobeira-mor dos tempos do amor líquido e do sexo sem compromisso. A gente se vê é a vovozinha da fábula, ora!

Seja homem, diga na lata.

Não engane a moça, que a nega é fino trato, que não merece desdém.

A fila anda, jogue limpo.

A gente se vê. Corta para uma multidão no Galo da Madrugada. A gente se vê. A gente se vê. Corta para a festa do Círio de Nazaré. A gente se vê. Corta para a festa do Morro da Conceição. A gente se vê. Corta para o dia de Iemanjá em Salvador. A gente se vê. Corta para o reveillon na praia de Copacabana.

A gente se vê. Então aproveita e vai logo ver se eu estou na esquina da São João com a Ipiranga



Blog do Xico: http://carapuceiro.zip.net/





terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Frida Kahlo


Hoje estava me lembrando da minha visita ao México, reli meu diario de viagem e me deu uma saudade danada de tudo que vi lá.
Realmente viajar é um grande investimento cultural,intelectual, dá uma vivência que ninguém te tira.
Em Texoatlán descobri a vida simples do povo mexicano, conheci uma vila zapatista, crianças que recitavam odes ao nacionalismo mexicano, comemos numa aldeia centenária e fizemos tortilla com as índias na praça.
Comi tanta, mas tanta tortilla que comecei a ter delirios de arroz, feijão, bife e batata frita.
Tomei mescal e ouvi muita, muita, muita, muita muita música mexicana, até enjoar.
Fui até Mitla, cidade ancestre. Passei mal ao entrar na tumba dos reis mortos.É muita energia acumulada. Não deu pra mim.
Trouxe tanto badulaque, mas tanto badulaque, que não tinha onde colocar. O México é o paraíso das bugigangas.
No oitavo dia, minha amiga mexicana Tereza Irazaba, falou que tinha uma amiga brasileira, e se eu gostaria de falar com ela. Ao ouvir sua voz em português, desatei a chorar no saguão do hotel.

Em Oaxaca, fomos fazer um recital na Casa Amarilla e descobrimos que estava sendo realizada uma exposição das cartas de Frida Kahlo à seu médico.
Eu e Veronica de Nadie, uma poeta ecuatoriana maravilhosa, ficamos tão emocionadas, que choramos diante de tanta beleza e de tanta dor acumulada.
Essa viagem me marcou por diversas coisas: foi minha primeira viagem internacional e aonde participei de meus primeiros saraus de poesia.
Foi lá também que me apaixonei por Frida. Nunca me identifiquei tanto com uma artista como me identifico com Frida. Sua dor que não conheço, é tão minha que me assusta.
Parada obrigatória, fui visitar seu museu na cidade do México, e fiquei fortemente impressionada com a pintura dessa moça triste.
No Palacio das Bellas Artes onde fizemos nosso recital final, esperei que alguém do Consulado Brasileiro viesse e enquanto esperava babei junto aos inúmeros painéis de Diego Rivera.Cada um mais grandioso do que o outro.
Uma coisa que me incomodou muito naqueles dias e que me fez refletir muito foi o forte nacionalismo mexicano. pensei muito sobre o nosso sentimento de brasilidade, e fiquei revoltada com o que esses políticos fazem com nosso país...

Será que quero dizer alguma coisa?


Cacos...
Mundos sem fundos...
Metralhadoras e canhões no noticiário das nove.
remédio pra emagrecer, remédio para desenlouquecer.
Uma lipo.
Sangue na lapela do senhor juiz
e o mistério insondável que é Clint Eastwood, mais lindo que nunca como Monco.
Mentiras e mais mentiras sustentam esse casamento.
Tudo falso. Fake.
Comida de avião: sem sal, sem gosto, sem sabor. Saudades dos bons tempos da Varig
Churros à tarde. Coke zero.
E a Gloria Swanson de olhos esbugalhados, sereia caquética.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Pé de quê? de jaca


Sábado eu ganhei uma jaca grande, e fiquei pensando:Meu deus! o que eu vou fazer com isso?
Depois de muito pensar, hoje resolvi fazer um doce.
Dizem que jaca tem cheiro de chulé, mas eu acho-a uma fruta cheirosa.
Jaca: Ou você ama ou você odeia.

Uma coisa interessante sobre a jaca que descobri: Na India ela é conhecida como uma fruta afrodisíaca. Hummmmmm....


Receitinha básica de doce de jaca:

Você faz uma calda caramelada bem douradinha e depois acrescenta os gomos da jaca.
Antes você pode dar uma pequena fervura nos gomos.
Acrescenta agua conforme for precisando até a jaca ficar bem macia. Coloque canela em pau, e depois de desligar o fogo coloque duas colheres de suco de limão.
Sirva com queijo minas.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sei lá, mil coisas...



Credo do Contador de Histórias

Creio que a imaginação é mais forte que o conhecimento
Que o mito é mais potente do que a história
Que os sonhos são mais poderosos que os factos
Que a esperança triunfa sempre sobre a experiência
Que o riso é a unica cura para a mágoa
E acima de tudo creio que o Amor é mais forte do que a morte

Robert Fulghum


Coisas do Gabriel



Eu e Gabriel estávamos estudando meio de transporte, e eu lia o texto do livro didático sobre transporte coletivo.

Então perguntei: _Agora, me fala um exemplo de transporte coletivo.

Ele respondeu na lata:

- Fusquinha!





sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008


Depois que li uma entrevista com o Marçal Aquino, resolvi tomar uma decisão que já deveria ter tomado a muito tempo: Escrever tudo que vejo,que sinto que escuto as pessoas falarem nas ruas, histórias de vida,nomes interessantes.
Tem rendido alguns bons contos.
qualquer dia desses, invento um espaço aqui para escrever sobre isso.


Os homens ocos

"Nós somos os homens ocos
os homens empalhados
uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
quando juntos sussurramos,
são quietas e inexpressivas
como o vento na relva seca
ou pés de ratos sobre cacos
em nossa adega evaporada(...)

T. S. Elliot

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

...

Dentro de mim mora uma pessoa que se encolhe cada vez que chove.
Ela tem medo de raios e trovoadas e me faz dormir no corredor quando isso acontece.
Não sei porque lhe faço as vontades.
Não sei porque me deixo possuir.
Se a chuva é grande, é boa e dói os ombros quando bate na gente.
Liberdade. Chuva grande é liberdade .
Chuva pequena, dá saudade na gente.

etc e tal


Sobre tormentas e tempestades
sobre homens e animais
vou me dedicando a escrever sem pensar no amanhã.

Teria sido bom o passado?
o presente me prende pouco a atenção
e o futuro me avisa: morrerá o cisne?

E por falar em cisnes e mortes:

"O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura"

Aldous Huxley

É isso.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Da bolsa


Na crônica do Veríssimo de ontem no Globo, intitulada "Da Bolsa " ele diz: " Só duas partes da mulher continuam a desafiar a compreensão dos homens: Sua mente e sua bolsa"

O irreverente autor com sua deliciosa escrita relata as surpresas que escondem tanto as nossas mentes quanto as nossas bolsas.

Eu ri um bocado.

Eu sou um exemplo da bolsa esconderijo. Sempre morro de vergonha de abrir minha bolsa em público, tem tanto badulaque saltando pra fora que é um horror.

Volta e meia tento me disciplinar e antes de sair de casa, faço uma faxininha básica na dita cuja e geralmente retiro um saquinho de supermercado de entulho .

Arrumo tudo, e me prometo nunca mais deixar acumular tantos lixos para jamais passar pela mesma vergonha ao abrir a bolsa numa loja ou no ônibus. O juramento geralmente dura uma semana.

Maridinho outro dia perguntou horrorizado o que eu ia fazer com tanta bolsa guardada no armário. Eu respondi: _ Usar ué!
Tenho que concordar com Veríssimo que a bolsa realmente é um assunto incompreensível para os homens.

Tenho mania de bolsas.
Tenho de todos os tipos: grande, pequena,colorida, branca, preta, vermelha, de camelô, de brechó, quadriculada, de pano, de couro, de palha, de náite, de periguete, fashion, de marca, similar,de praia, enfim,,.... adoro uma bolsa.

Agora estou na fase das ecológicas. Tem cada uma linda!
Esse negócio de bolsa é tão misterioso que a Ju, aos 7 anos, não pode ver uma bolsa.Dia desses, eu lhe comprei uma mochilinha jeans linda de patchwork, no dia que ela ia estreiar( ah é, bolsa é que nem atriz, estréia)me perguntou:-Mãe, e o que eu vou colocar dentro?
_ Ah coloca suas coisas...

Curiosa, fui olhar pra ver o que ela tinha guardado na bolsa: celular de brinquedo, pente, toalhinha, roupinhas de boneca, colares de fantasia, batonzinho da Mônica, meu alicate de unha(?!), um brinquedinho do Macdonalds, tesourinha sem ponta, um chaveirinho, um livro de histórias de bolso.

Bem vinda ao clube!

Esse é o nosso mundo feminino que somente a nós pertence.

As bolsas das mulheres são bolsas amarelas, como da fábula da Ligia Bojunga.

Mágicas, se desdobram em surpresas proibidas.


Ps: Descobri que no site da Uncle K , que vende umas bolsas lindas, você pode escolher seu modelito no site, ligar pra gerente da loja mais próxima, encomendar e depois dá uma passadinha rápida e pegar seu objeto de desejo . Ma-ra-vi-lho-so!

Perdeu! Perdeu!

Ontem fomos ao cinema com as crianças no shopping Nova America, na volta presenciamos um assalto a um motoboy bem na nossa frente, no sinal fechado.
NUNCA fiquei tão nervosa na minha vida,pensei em tantas coisas ao mesmo tempo, e não conseguia tirar os olhos das pistolas dos bandidos.
Medo de balas perdidas, de arrastão, da morte...
Hoje, estou estressada, á base de calmantes...
Não consigo me lembrar da cena sem tremer...




"Arranhe um pouco e,em seu santo, você descobrirá um pecador".

Osho

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Cidade maravilhosa....

Eu hein....

Hoje o dia foi estranho e pensativo.
Conversei com meus filhos sobre futuro.
Nos sentamos e papeamos horas sobre nossos novos desafios.
Eles terão que enfrentar novas séries escolares este ano e eu tenho que enfrentar minha vida...
Nunca recusei um único desafio. Teve uma época que dizia amá-los.
Hoje ainda não sei como enfrentá-los.
Mas vou adiante.

carnaval acabou.Ponto final.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

As águas vão rolar...

Ontem assisti aos desfiles das Escolas de Samba.

Isto é, assisti São Clemente, Porto da Pedra, meu Salgueiro e depos dormi e acordei pra poder ver a Viradouro.

Bem vou fazer somente alguns comentários, pos está chovendo e vou vasculhar algum filme antigo na tv.

O enredo da São Clemente exaltando a figura de D. João e a vinda da familia Real Portuguesa, chegou a me irritar num ponto do desfile.
Porque exaltar um rei fujão, que abandonou seu povo com uma ameaça de invasão nas costas? Que ele morresse com seu povo, ora pá, e não que viesse para cá comer 620 frangos por dia.
Isso sim seria digno de entrar para a história.

Outra coisa terrível, foi os comentaristas da Golobo exaltando os feitos de D. João.

Ora, todos os grandes feitos foram o próprio bel prazer, deleite e comodidade da corte. Não vamos nos enganar. Foi preciso montar aqui um palco digno para a residência oficial da corte. E foi montado: teatro, jardim botânico, banco, foi aberto os portos às nações amigas, até então proibido por Portugal.

Não me lembro de ler em nenhum lugar que o povo brasileiro tinha acesso a todos esses lugares. Aliás, como não tem até hoje.

Portanto, não vejo motivo algum para exaltar a vinda dos nossos colonizadores como heróis sendo que na verdade, na primeira oportunidade que tiveram, voltaram correndo para a Europa, deixando aqui seu legado: um filho mulherengo, miséria, escravidão, pobreza, ostracismo ...

Fiquei só pensando que nos países latinos de fala esponhola, exaltar o colonizador desta maneira seria impensável.

Outro comentário que quero fazer é sobre o desfile da Viradouro.

O desfile em si foi bonito e muito animado.Mas eu estava mais interessada era no carro proibido pela Liga Israelita do Rio de Janeioro.
A liga proibiu que se mostrasse um carro alegórico com os mortos no holocausto e figura de Hitker sambando sobre elas.

Eu não tinha uma opinião formada sobre isso. Sempre acho que as religiões não devem se meter na criatividade dos artistas.

Concordo que o holocausto é um dos mais terrriveis episódios da história, mas não é o único.

Odeio todo tipo de vitimização.

Milhares de jovens, homens, crianças, velhos, são massacrados todos os dias na Palestina, num verdadeiro extermínio desde que eu era criança. Todo mundo parece achar normal que eles morram, afinal invadiram uma terra que não era sua(!?)
Milhares morrem no Iraque todos os dias.
A cada três segundos uma criança morre de fome no mundo.

Na Etiópia, os africanos morrem de aids em massa.

Existem muitas tragédias. A história é feita de tragédias.

Agora, os comentários que eu li do Reanato Galeno na imprensa foi de machucar.

" Alguns poderiam dizer que, caso o carro falasse do drama da escravidão, não haveria reação. É válido, mas parte de uma premissa falsa. Sou um dos que defende não só a ação afirmativa, mas até a reparação financeira dos descendentes de escravos.Mas há duas diferenças _ que ultrapassam o distanciamento histórico, pois há milhares de sobreviventes dos campos de extermínio e seus filhos vivos."

" Não há , na barbárie da escravidão,um símbolo do mal como Hilter."

( O Globo, 02/02/2008)

Eu até compreendo que não há nenhum sobrevivente da escravidão.Mas há os herdeiros da escravidão.
Tenho pouca melamina, posso ser considerada branca, mas sou bisneta de Isidora, negra escrava, africana, que fez a travessia atlântica. Sou descendente da diáspora africana, sou bisneta da escravidão. Minha bisavó foi estrupada, matratada. Escrava.
E eu sofro muito com isso. Sofro pela tragédia da escravidão, que deixou suas mazelas até hoje para o povo negro: a pobreza, a fome,o desemprego, o analfabetismo funcional, o preconceito, o racismo...

Não há sobreviventes vivos, ele diz, tudo bem. Mas e todo o povo brasileiro nasceu da casca do ovo?

Não vou nem comentar mais nada porque senão minha pressão sobe, e como todos sabem, estou em tratamento.
Mas pimenta nos olhos dos outros é refresco né?

Ah! esse ano, em 13 de maio fazem 120 anos que a Princesa Isabel assinou a Lei Aúrea.

Aguardemos as" comemorações oficiais" neste pais sem história e sem antepassados.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

...não me leve a mal, hoje é carnaval...



_Não eu não tenho cartão corporativo....tenho só um narizinho de palhaço. Serve?

Fomos almoçar ontem na Lapa.
Um enorme fuzuê na Lavradio. Era o Bloco do Carioca da Gema com rebarba do Cordão do Bola Preta.
Fugimos rapidinho da algazarra dos inúmeros foliões.

A Lapa é o máximo! Todos devidamente embalados e mascarados.

Roí tanta as unhas ontem que não pude postar.
Mas ainda dá tempo. Palmas brancas pra Iemanjá!


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cheia de poesia

"Não tenho bens de acontecimentos.
O que não sei fazer desconto nas palavras.
Entesouro frases. Por exemplo:
- Imagens são palavras que nos faltaram.
- Poesia é a ocupação da palavra pela Imagem.
- Poesia é a ocupação da Imagem pelo Ser.
Ai frases de pensar!
Pensar é uma pedreira. Estou sendo.
Me acho em petição de lata (frase encontrada no lixo)
Concluindo: há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retratos.
Outras de palavras.
Poetas e tontos se compõem com palavras."

(Manoel De Barros)

Hoje estou cheia de poesia!
Reebi mais uma vez o Convite de Nela Rio, que é fundadora da International Multicultural-Multilingual Poetry Reading para participar do 8º Recital Poético Mlticultural e Multilingue " Dialogo entre las Naciones atraves de la Poesia" que é um programa da ONU.
O Recital é organizado para promover a tolerância, respeito e cooperação entre os povos.

Como o recital é no Canadá, enviei minha poesia que será lida por um outro poeta.

Seria muito bom se essa ideia se multiplicasse pelo mundo e ao invés da intolerância, poesia para todos.