terça-feira, 31 de agosto de 2010

ambiente brasil editora

Bem agora a noite fiquei super feliz.

Por estes dias,deve pintar uma nova editora no mercado. A Ambiente Brasil Editora

Estou fechando uma parceria com um ilustra de responsabilidade para ser o editor chefe, e vamos começar a procurar no mercado quem deseja ser publicado.

Algumas edições vão ser cooperativadas, pelo menos até gente se firmar.

A qualidade gráfica e  a edição caprichada será a nossa marca registrada.

Tem muito trabalho pela frente.

É sair espalhando gente. Depois deixo aqui  o site para quem quiser mandar originais para avaliação.


Eu ali
tipo assim.
sozinha.
te olhando da janela e não acreditando do que voce era capaz..
Eu ali 
tipo assim
discrente com o tempo
afoita de ti...
 à esmo no meio da tarde
pensando no que li num site de manhã...
Eu ali.
Tipo assim.
Sozinha.

vcxzxcvc

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zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

cerrado

Minha internet tá tão lenta que só consegui postar essa foto de Colinas do Sul, onde estive fazendo um trabalho de educação ambiental...
Tenho outras fotos lindas e vou tentando postar aos poucos......

terça-feira, 24 de agosto de 2010

na bienal

Estive na Bienal de São Paulo para contar a  história do meu livro " A História de Chico Mendes para Crianças"  no estande da AELIJ( Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil) , da qual sou associada.
Foi um dia feliz para mim, e embora estive fazendo muito frio, o calor gostoso da garotada me aqueceu.




Me bastam apenas 40 segundos para  apertar o botão que não terá mais volta....

sábado, 21 de agosto de 2010

são jorge

Estou em São Jorge, Goiás.
As manhãs estão geladas e as noites glaciais.
O ar está seco.
Os rios estão secos.
As queimadas estão deixando o ar insuportável.
A única coisa que continua linda é o cerrado.
O cerrado com suas flores pequenas e cheias de personalidade
com suas arvores artisticamente distorcidas
com seu encanto peculiar.
Respiro Feliz.

domingo, 15 de agosto de 2010

o gato invasor

Essa noite acordei com um barulho enorme no portão da frente de casa.
Pensei: Estou sendo invadida por ladrões. Poderiam ser marcianos.
Mas eu sabia que não.
Se alguém estivesse invadindo minha casa, com certeza seriam ladrões, que levariam em poucos segundos tudo de uma vida quase inteira, já que eu  pretendo viver ainda mais uns quarenta anos, pelo menos.
Mas ai ouvi um miado revelador.
 Miado que  me deu um alivio danado. Ahhh!!! É  o Loki voltando de suas madrugadas congeladas.
Mas  perái, esse miado não é  do Loki.
Mãe conhece voz de filho.
Choro de filho.
Miado de filho.
Pé ante pé, lá fui eu investigar com ímpetos obsessivos de Hercule Poirot.
Poderia ter pegado a burduna  que repousa poderosa  dentro do cesto cargueiro indígena, mas desisti.
Desci as escadas com a cara  e a coragem.

E lá estava o invasor.
Um mestiço vulgar, magro e assustado.
Seria  ele um visitante com uma vida provavelmente miserável e perigosa? Ou um ladrãozinho de araque que comia com vontade o whiskas filhote dos meus pimpolhos?
Pensando em tudo que o Plinio Arruda Sampaio falou no primeiro debate dos presidenciáveis sobre  igualdade, esperei pacientemente  que ele enchesse a sua  barriga.
Procurando não pensar  no frio congelante que fazia nesta madrugada, e sem fazer perguntas indiscretas  do tipo  para onde você vai numa uma hora dessas, deixei-o partir.
Hoje separei um pote especial e coloquei num lugarzinho acessível para ele.
Não sei quem ele é. Sei que precisa de comida, talvez um cobertorzinho  e um carinho.
A única coisa que está proibido é dar susto.
Estou ficando velha, e  perco o sono com uma rapidez estranha.
Eu poderia estar dormindo, eu poderia estar roncando, mas por conta do susto e da péssima programação da sky desta  outra madrugada me peguei assistindo a biografia da Fantasia Barrino, ganhadora do American Idol de 2004.
Falta do que fazer melhor não há.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010



O estado da raiva
 é o estado do não sentido
você  sente o mundo vibrar.
E isto é um sentimento que não tem volta.
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

pai

Essa semana do dia dos pais sempre passa assim meio desapercebida para mim.
No meu íntimo me sinto vazia. Orfã.
Mas ontem, o dia calmo de sol outonal, me trouxe lembranças da minha infância com meu pai.
Ele era tão amoroso e dedicado.
Talvez por ter imigrado jovem para o Brasil e nunca ter tido a oportunidade de voltar à Portugal, ele  tenha adquirido o sentimento visceral de descontinuidade,de sentimentos de plataforma de estação.
Ele carregava uma dor parideira nos olhos cor de oliva, um sentimento de solidão e desencontros, de melancolia de espera de paradeiro.
Por cultivar esses sentimentos urgentes de chegadas e partidas, ele se transformou num refúgio calmo de amor, numa doce raiz bem profunda.
Me lembro de suas voz com sotaque forte nos chamando para deitar na sua cama, num dia frio de chuva fininha. Ali era o melhor e mais seguro local do mundo, pois alí era o ninho dos fados, das delicias de acuçar e ovos, das memórias de cores e sabores que podíamos sentir com o toque de nossas pequenas mãos, eu e meus irmãos.
Depois a vida aprontou.
E tirou tanto de nós.
E nos colocou tantos impecilhos e estreitamentos.
Alguns obstáculos conseguimos superar com perseverança e trabalho.
Outros não.
Meu pai morreu  sem falar comigo, há vinte e dois  anos atrás.
Não por culpa dele, claro.
Mas pela crueza da minha juventude, pela imaturidade dos meus dias,pela rebeldia adquirida com a chegada do primeiro amor,da primeira transa, do  primeiro filho no final da adolescência, das primeiras decepções, pela minha inexperiência em lidar com as asperezas da vida.
E foi assim.
Mas ontem meu pai sorriu pra mim em minhas memórias.
E seu riso era aceso e cheio de vida. E eu estava lá junto com meus filhos, irmãos e sobrinhos.
Ríamos das nossas histórias.
E gozamos das nosssa intrepitudes
Ilesos, aproveitamos o dia, repletos de amor.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

...

Estresse.
Boletim das crianças.
Juntando os três: 9 notas vermelhas.

Eu devo ter jogado pedra na cruz.

blog do xexeo

Não deixem de dar uma olhadinha no Blog do Xexeo. Tudo de bom!

na sua estante





Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...

terça-feira, 3 de agosto de 2010




Instruções para chorar



de Júlio Cortazar

Deixando de lado os motivos, apreciemos a maneira correcta de chorar, entendido como algo que não se aproíima do escândalo, nem que insulta o sorriso com a sua paralela e torpe semelhança. O choro médio e ordinário consiste numa contracção geral do rosto e num som espasmódico, acompanhado de lágrimas e soluços, estes últimos no fim, uma vez que o choro acaba no momento em que nos assoamos energicamente. Para chorar, dirija a imaginação para você mesmo, e se isto for impossível, por ter adquirido o hábito de acreditar no mundo exterior, pense num pato coberto de formigas ou nos golfos do estreito de Magalhães nos quais ninguém entra, nunca. Chegado o choro, deve tapar-se com decoro o rosto, usando ambas as mãos com as palmas viradas para dentro. As crianças chorarão com as mangas da camisa encostadas à cara e, de preferência, num canto do quarto. Duração média do choro, três minutos.
[trad. livre]

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Nova geração não se envergonha de copiar e colar


Pesquisas americanas mostram que a internet pode estar redefinindo a forma como os jovens compreendem o conceito de autoria de textos e imagens


No Rhode Island College, um calouro copiou e colou a página de perguntas mais frequentes sobre os sem-teto - e não pensou que precisasse da fonte de informação em sua missão, porque a página não incluía informação sobre o autor.

Na Universidade DePaul, a pista de que o texto de um aluno era copiado foi a sombra roxa de vários parágrafos que ele tinha tirado da Web. Quando confrontado, ele não ficou na defensiva – só queria saber como mudar o texto de roxo para preto.

E na Universidade de Maryland, um estudante, repreendido por copiar da Wikipédia um artigo sobre a Grande Depressão, disse que pensou que o texto – sem assinatura e escrito coletivamente – não precisava de crédito, uma vez que se tratava, em essência, de conhecimento comum.

Os professores lidam com o plágio advertindo os estudantes a dar crédito e seguir o padrão de estilo para citações, e praticamente deixam por isso. Mas esses casos – típicos, de acordo com autoridades responsáveis pela disciplina de três escolas que descreveram o plágio – sugerem que muitos estudantes simplesmente não entendem que estão cometendo um deslize grave.

É uma incoerência que está crescendo na era da internet como conceitos de propriedade intelectual, direitos autorais e originalidade sob ataque na troca desenfreada de informação on-line, dizem educadores que estudam plágio.

A tecnologia digital torna o “copiar e colar” muito fácil, claro. Mas isso é o de menos. A internet pode estar redefinindo o modo como os alunos – que vieram de um tempo de arquivos de música compartilhados, Wikipédia e links da Web – compreenderem o conceito de autoria de qualquer texto ou imagem.

“Temos uma geração inteira de estudantes que cresceu com informação que está acessível em algum lugar no ciberespaço e não parece ter um autor”, disse Teresa Fishman, diretora do Centro para a Integridade Acadêmica da Universidade Clemson. Acadêmicos que estudaram plágio não tentam desculpá-lo – muitos são campeões de honestidade acadêmicas em seus campi – mas tentam entender por que ele é tão difundido.

Em pesquisas entre 2006 e 2010, realizadas por Donald McCabe, co-fundador do Centro para Integridade Acadêmica e professor de negócios da Universidade Rutgers, cerca de 40% dos 14 mil alunos admitiram copiar sentenças curtas em seus trabalhos. Talvez mais relevante, o número que acreditava que copiar da Web constituía “farsa grave” está declinando – para 29% em média em pesquisas recentes, contra 34% no começo da década.

Sarah Brookover, veterana da Rutgers, em Nova Jersey, disse que muitos de seus colegas cortam e colam alegremente, sem atribuição. “Esta geração sempre viveu num mundo onde a mídia e a propriedade intelectual não têm a mesma gravidade”, disse Sarah, que aos 31 anos é mais velha que a maioria dos universitários. “Quando você está sentado diante de seu computador, é a mesma máquina que usa para baixar músicas, provavelmente de forma ilegal, a mesma máquina onde assiste vídeos gratuitos que a HBO exibiu na noite passada.”

A antropóloga da Universidade de Notre Dame Susan Blum, incomodada com os altos índices de plágio em trabalhos, resolveu entender como os estudantes vêem a autoria e os trabalhos escritos, ou “textos”, na linguagem acadêmica.

Ela conduziu sua pesquisa etnográfica entre 234 alunos de graduação de Notre Dame. “Os alunos de hoje estão na encruzilhada de uma nova maneira de conceber textos, as pessoas que os criaram e as que o citaram”, escreveu no ano passado em seu livro My Word!: Plagiarism and College Culture (Minha palavra: Plágio e cultura universitária, em tradução livre).

Susan argumenta que os textos de estudantes exibem as mesmas qualidades de pastiche que conduzem outras ações criativas hoje – programas de TV que frequentemente fazem referências a outros programas ou o rap, que usa trechos de músicas antigas. Ela afirma que a ideia de um autor cujo esforço singular cria um trabalho original está enraizada no conceito de indivíduo do Iluminismo. Ela é apoiada pelo conceito ocidental de direitos de propriedade intelectual, garantido pelas leis de direito autoral. Mas a tradição está sendo desafiada. “Nossa noção de autoria e originalidade nasceu, floresceu e pode estar minguando”, disse Susan.

A antropóloga sustenta que os estudantes estão menos interessados em cultivar uma identidade única e autêntica – como seus homólogos da década de 1960 – do que na tentativa de possuir muitas personas diferentes, o que a Web permite com as redes sociais.

“Se você não está preocupado em apresenta-se como absolutamente original, então está tudo bem se você usar palavras de outras pessoas e está tudo bem se você falar coisas nas quais não acredita”, disse Susan, expressando as atitudes dos alunos. “E está tudo bem se você escrever sem receber qualquer crédito.”

A noção de que poderia haver um novo modelo de juventude, que toma emprestado livremente a voragem da informação para misturá-la em um novo trabalho criativo produziu um rápido alvoroço no começo deste ano com Helene Hegemann, uma adolescente alemã cujo romance sobre a vida em clube noturno de Berlim incluía passagem retiradas de outras pessoas. No lugar de oferecer uma desculpa miserável, Hegemann insistiu: “Não existe essa coisa de originalidade de qualquer maneira, apenas a sua autenticidade”. Alguns poucos críticos a defenderam e o livro chegou à final de um prêmio de ficção (mas não ganhou).

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/estudantes-da-era-da-internet-nao-se-envergonham-de-copiar-e-colar?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


MINHA VIDA

by Henri Michaux

Tu partes sem mim, minha vida.
Tu rodas,
E eu ainda espero dar um passo.
Tu levas a batalha para além.
Tu me abandonas assim.
Eu nunca te segui.
Não vejo claramente tuas ofertas.
O mínimo que desejo, tu jamais trazes.
Por esta falta, anseio a tanto.
A tanta coisa, quase ao infinito...
Por causa deste pouco que falta, que tu jamais trazes.