sexta-feira, 30 de abril de 2010

utopia e barbárie- silvio tendler

 Lendo umas narrativas do filme do Silvio Tendler "Utopias e Barbaries", que peguei na UERJ ontem,  destaco a seguinte fala . O entrevistador pergunta:

_Qual foi o maior (e pior) legado das barbáries políticas e econômicas do seculo XX?

Silvio responde: _O fim da solidariedade e do sonho de um mundo fraterno(...)

Achei isso de uma grandeza  e de tanta verdade que entristece...

O Silvio alías é solidário mesmo. Quando um amigo meu, o Pablo Cunha, dava cursos de cinema e gravava um curta  com a  garotada lá em Japeri, o Silvio, que não sei porque cargas d'agua passava por ali, não só se solidarizou-se com o grupo, deu toques como ainda  fez uma ponta no filme, chamado O Bêbado e o Lobisomem.

A postura do Silvio é digna de nota .

quinta-feira, 29 de abril de 2010

liz taylor

Sabe o que eu acho bonito na Liz Taylor?
Ela tem coragem.
Não procurei em wikipédia alguma para escrever isso,escrevo isso da minha memória, e da admiração que percebi que sinto por ela..

Eu na verdade, nem sei porque.
Talvez porque ela seja   uma das últimas grandes atrizes vivas da época de ouro de hollywood.
Eu a conheci como a dama do cinema.
Descobri que ela tinha os olhos cor de violeta numa época em que minha televisão era preto e branco.
Até hoje procuro entender esse mistério .
Depois tia Ely me contou que ela tinha casado 7 vezes com o mesmo marido.
E eu descobri que era o Richard Burton, que não era tão bonito quanto meu querido Paul Newman, quando os dois protagonizaram Gata em Teto de Zinco Quente, que eu vi a primeira vez com meu pai nas madrugadas do Corujão,mas tinha um sex apple danado.
Tia Ely me falou que eles viviam brigando, tinham uma relação instável e que ambos bebiam muito.
Prestando atenção aos detalhes, aos olhares, e intimidades, procurava entender através da Megera Domada, Cleopatra,e um filme que amo, mas que infelizmente esqueci o nome, no qual  a Liz é uma artista divorciada e ele é um pastor casado, o que tinha acontecido com aquele casal.
Eu não entendia nada do amor.
Dizem que ela comprou o terreno ao lado do cemitério onde Richard Burton está enterrado. É la que ela  quer estar para sempre.
E  agora  eu entendo tanto do amor....
Enfim.
Richard Burton morreu, ela casou-se  outra vez, eu acho  que com um caminhoeiro, um escândalo na época, que eu  li   nas páginas da Manchete.
Teve uma amizade estranha com   Michael Jackson. Eles saiam juntos na época, eram muito fotografados. Me lembro que diziam tantas coisas, inclusive, que  o objetivo  dele era dar holofote pra ela que estava no ostracismo...

Liz é louca por diamantes,  e em determinadas épocas foi magra, gorda, loira, bêbada, brega e chique.
Liz  é uma mullher que se doou pra vida.E corajosa desde sempre.
É corajoso assumir um amor desvariado, um casamento fracassado sete vezes com o mesmo homem,  com   toda a carga emocional  que isso acarreta e ainda por cima, publicamente.
Por isso, quando vi essa foto  dela hoje  num evento  em homenagem ao Richard Burton na Inglaterra, me lembrei que a Greta Garbo  não quis ser fotografada na velhice. Queria ser lembrada  eternamente jovem.
Aí eu olho pra Liz Taylor, e  a vejo tão corajosa na sua velhice, na exposição da sua fragilidade, no xeque mate que ela dá  pra essa sociedade onde a velhice é subestimada,  e onde a juventude é naturalizada. 
Aí está Liz , se jogando  pra vida, de maneira aberta,  e vestida  de vermelho que é a cor da paixão


encontros com darcy

Ontem fui no 3º Encontro com Darcy na Faculdade de Educação da UERJ. O encontro teve a presença da  doce Rosa Mendonça, da Elyan Della Peruta, que foi assessora do Darcy e da maravilhosa pessoa humana e competente professora Lia Faria.

Foi uma tarde gostosa repleta de risos, memórias, reencontros e muita emoção...

E o friozinho gostoso?

Como é lindo o outono no Rio, sou apaixonada!

quarta-feira, 28 de abril de 2010



Tem gente que é só imagem....
cinema  mudo.

facebook

Ando sumida daqui, porque descobri esse negócio de facebook.
Estou lá, é só procurar Fatima Reis
E assim vou me rendendo as novas tecnologias....

terça-feira, 27 de abril de 2010


Depois da depressão, se tomo uma decisão  baseada na euforia, no improviso ou na mais pura lucidez diante do situação,sou considerada louca.
Diante disso,
Não sei se rio.
Não sei se choro.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

terra firme

Aos poucos meu eu vai saindo das minhas entranhas
recoberto de terra, vaga indeciso entre os vãos da casa onde não se reconhece.
Meu eu, mero personagem, quase um móvel, um  relicário de parede, ultrapassado e inútil.
Eu nesta casa, nada mais do quem um enfeite, uma coisa sem nexo, rodeado de poeira por todos os lados. Quase um fantoche das vontades alheias.
Quase um robo a quem não é permitdo qualquer tipo de emoção.
Não não posso sentir nenhum tipo de emoção.
As emoções estão proibidas nesta casa, estas pertencem  aqueles que não demonstam qualquer coisa que seja ou nada...

"pobrezinho não tem roupa, parece jesus cristo na majedoura.
pobrezinho.... tenho tanta pena, tanta pena que dá dó..."

Mas voltando ao meu eu.

Este eu agora será assim: viverá nas trevas mais tenebrosas do meu ser profundo
Esse eu que renasce da fúria demoníaca das minhas entranhas.....

"Ah os suspiros, eu adoro suspíros, principalmente os feitos de  açucar e clara de ovo, os outros, eu odeio."

Ai como é triste esse território sem seu olhos azuis que me deixam assim sem fala, amo cada momento ao seu lado, amo a calidez do seu sorriso, e a beleza da sua aura.

Eu amo a sua aura.

Força que me leva pra terra firme.

o pajé

 Marta , Dê, o pajé Rufino, sua neta e as mangueiras

  Cheguei na aldeia kitaulu, e encontrei uma aldeia linda, cercada de mangueiras por todos os lados, a oca do centro cultural  reinando no meio, crianças jogando bola e a equipe totalmente integrada ao ambiente.
Conheci a aldeia, fui na escola, conversei com as mulheres.
O pajé Rufino chegou perto de mim.
Olhei pra ele e falei:- Poxa Rufino, sua aldeia é linda! essas arvores, tão bonitas, dão uma sombra gostosa né?
Sábio, ele olhou pra mim. Me  respondeu com seu olhar ancestral:
- Isso não é arvore não. É mangueira....


As casas nos kitaulus

 Na volta, ele  e sua familia pegaram uma carona conosco para irem acampar perto do rio. Ao  passar pela mata da floresta amazônica repleta de  todas as espécies, lhe perguntei: - Isso é arvore né?ele respondeu: -Isso é árvore.

 É claro! Mangueira não é nativa, não  faz remédio,  não cura , não é mágica.  Mangueira só da fruta, que segundo Rufino, enjoa.

domingo, 25 de abril de 2010

formação com os nambikuara


Estive em Comodoro por estes dias participando como palestrante de um estudo sobre a implementação da Lei 11.645/08.
Estrive na companhia dos excelentes professores Marta Bento, Denise Guerra e o especialista em Linguista José Guajajara da etnia  guajajara.

A formação foi de um nível de discussão muito  profundo com análises históricas, vivências, conteúdos pedagógicos e práticas culturais.

Participaram professores indigenas, professores  não indígenas, coordenadores pedagógicos, agentes de saude indigenas e indios das etnias paresi e nambikuaras.


Marta, eu e Denise
 Guajajara, eu Dê e as crianças nambikuaras


  Zé Carlos, Guajajara e o Professor Tadeu


 
                                                                          Oca
                 
O teto da oca

dentro da oca



                 No rio indo para os kitaulu

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ontem fui na Feira do Livro  Circulante que está aqui em Nova Iguaçu, e  comprei um livrindo de bolso da Ediouro da Lygia Fagundes Ielles. A confissão de Leontina e outros fragmentos.

Fiquei tão encantada com o conto, que  gostaria de fazer  uma licença poética para continuá-lo.
Dar um fim  merecido ao prepotente e egoista Pedro e à ingênua e sofrida Leo.
Dia desses talvez faça isso.
Acabei ficando com agua na boca e li  na internet: As formigas, Emanuel, Seminário dos Ratos, O Velho e o Menino.

Odoyá, Odoyá,Odoyá.......

segunda-feira, 12 de abril de 2010



Uma fada...
Uma fada no meio da  noite, como quem não quer nada

e querendo tudo só para poder ver qual é...

Eu coloco meu velho casaco de lã  e observo da janela, mas um dia que se foi...

sábado, 10 de abril de 2010

sobre pessoas e riscos


Pessoas vaidosas são dificeis de lidar.
Não reconhecem sua limitação.
Vivem num mundo onde somente elas são o foco do holofote.
Vivem a pressão de querer se dar bem sempe, de ser sempre bem visto,
de bens materiais vistosos,de parecer ser quem não são...
Pessoas vaidosas não abrem espaço para o outro
porque na verdade, não enxergam o outro.
Não aceitam o novo, pois o novo, a mudança, põe em risco seu status quo  forjado e forjante.
A pessoa vaidosa não se habilita, não se capacita.
Come pelas beiradas, afinal, em terra de cego, quem tem um olho é rei...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

chuva no rio

A crônica da Cora Ronai de ontem contém toda uma indignação que também é minha e de mais quem  quiser, ou tiver o minimo de entendimento das coisas  que acontecem nesta cidade.

O governador chora pelos royalties,  mas quem chorará por estas pobres pessoas?
O que me intriga foi a mobilização na cidade quando da tragédia nas pousadas em Angra, páginas inteiras do  Globo de cobrança de posição das autoridades.

As áreas inadequadas para moradia do povo pobre existem desde que a escravidão terminou, e os negros sairam das casas senhoriais como uma mão na frente outra atrás, para se juntar nos guetos com os brancos pobres  e formar as primeiras favelas do Rio de Janeiro.

Porque quem, em sã consciência meu deus, vai escolher morar num lugar  de risco????Por em perigo a própria vida e a de seus familiares?
O discurso dos preconceituosos de plantão é que, se derem uma casinha na baixada fluminense ninguém quer  vir morar...

Mas quem, em sã consciência vai querer vir morar numa região esquecida por deus e pelos politicos, sem água, sem saneamento básico, sem infra estrutura de comércio e de transporte, sem emprego...

É muito facil falar da nossa zona de conforto. Muito fácil mesmo.
Dificil é pegar um trem às quatro da manhã, lotadão igual lata de sardinha,  chegar na central às 5 e andar a pé até  o seu destino, faça chuva ou faça sol.

Dificil é ter que pular a estação do trem porque não tem o dinheiro da passagem para ir trabalhar.

E esses politicos de merda e lajotão, nem na área de risco vão. Ingratos. A época de subir morro não é agora, é só na época da eleição.

Quem  ainda acredita nesse discurso vazio, pré eleitoreiro, desgastado e desgastante dessa gente hipócrita?

Vou só observando.  Chocada com as familias desesperadas. Chorando junto com o bombeiro, um herói do Rio, que não conseguiu salvar a vida de um menininho de oito anos.

Os especialistas dizem que hoje haverá formação de ondas de até 5 metros no litoral.  As ondas estão previstas para a Enseada de Botafogo, Flamengo e Saquarema.

Esperemos pra ver qual vai ser a reação das nossas autoridades incompetentes..   

quinta-feira, 8 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

mexico, 2004


Em 2004, fiz minha primeira viagem para o exterior.
Eu tinha lido na internet que iria acontecer um congresso de mulheres poetas que se reuniam todos os anos num lugar chamado Pais de las Nubens. Bastava  enviar um material para avaliação e se por acaso a poeta fosse escolhida, teria hospedagem e alimentação garantidas na velha cidade do México.

A viagem consistia em sair falando poesia em alguns pequenos povoados, em Oaxaca, e  tudo  terminaria 15 dias depois no Palácio das Bellas Artes, na Cidade do México.

Fantasticamente, meu material foi escolhido  e sem grandes ambições, (pois eu  estava assim,  em meio a mais uma  daquelas fases de transformação), me vi viajando para o México, com uma coletânea de poesias  recém editadas  na gráfica de um amigo meu, em Mesquita.

O livro é o Na Rota.

Um livro com uma capa que valha-me deus! Olhando daqui, eu não sei como tive a coragem de levar este livro  para o México. Se eu tivesse sido mais rigorosa comigo mesma, nunca teria pegado aquele avião...

Mas  eu peguei.

Lá fui eu, com meus exemplares de  poesias recém  nascidas de um jejum poético de mais de dez anos.

Poesias que não me envergonho, eu juro,  mas que deveriam  ter ficado mais um tempo no forno, adquirir mais consistência,mais cor, mais  poética, sei lá.

Mas eu já estava lá, e como dizem por aí, não adiantava chorar sobre o leite derramado.

Talvez minha preocupação fosse tanta que o cara da alfândega que carimbou meu passaporte, me mandou direto para o DP da policia federal  mexicana.

Fui interrogada por um policial esquisitão, bigodudo a  lá seu Madruga,  e que teve a indelicadeza que querer ver o dinheiro  que eu trazia na bolsa.

Sem receio nenhum,  o coloquei em seu devido lugar.

Mas quanto mais eu falava do congresso e de suas condições, mais ele me olhava maliciosamente.

Até que eu saquei  da minha maleta, o livro de capa esquisita e conteúdo duvidoso e  lhe falei que na terça, 16, iria  falar minhas  poesias no Pallacio das Bellas Artes.

Após essa informação as portas do aeroporto se abriram para mim.
Depois descobri o porque. É que o Pallacio das Bellas Artes, é um orgulho nacional, uma opéra house onde os maiores artistas  nacionais e internacionais se apresentam.

Todo em mármore carrara branco, o teatro tem murais lindissimos de Diego Rivera, Rufino Tamayo, David Alfaro Rodrigues e José Clemente Orozco.

Belissímos de doer a  alma. 

Depois do aeroporto saí batida para o hotel  e ainda  indignada com o tratamento que tinha recebido, tive que aturar o taxista, que  descobrindo minha nacionalidade, passou a corrida inteira  me convidando para sair aquela noche para bailar...

Olha, quase esganei o sujeito.

Descobri rapidamente o valor tão falado da mulher brasileira no mercado internacional.Era mais fácil falar que eu era do Timor  Leste, pois assim  ficava livre dos olhares perdulários  que caiam sobre mim, como urso no mel.

Chegando ao hotel,  conheci minhas amigas que iriam estar comigo nos  dias que viriam.

A inesquecivel  Vilma Brugueros que o câncer levou em 2008, Raquel Martinez, Nana Rodriguez, Graciela Genta, Elza Ruiz, querida,  Luisa Chiqui Vicioso, Soledad Altamiro, a doce e louca Veronica "De Nadie" Duran, Violeta Pujols, Magdalenas Fuentes, Diana Vallejo, as modernas Jessica Pìedras e Patty Blake, a intensa e bella Lina Zéron ....

Partimos dali para a poesia.
Ficamos hospedadas em casas de pessoas  modestas, mas que se habilitaram  junto à Conacultura, para nos receber, as poetas, que somos vistas como umas espécies de deusas por lá.


E viajamos de ônibus, carro, falando poesia em creches e aldeias, bibliotecas e centros culturais, praças e igrejas, bares e ruas, escolas e clubes, palácio das artes e casas de camponeses .

Foi uma empreitada  única.

Olhando daqui, eu tive muita coragem mesmo.Viajar sozinha, para um pais diferente, arranhando um espanhol abrasileirado, sem conhecer absolutamente ninguém, nem a veracidade do concurso...

Essa viagem poderia ser a maior  furada da minha vida, mais não foi.

Teve burrito, tacos e muito mezcal, um frio desconhecido para mim, danças  caribenhas, sustos no meio da noite, bandas marciais,  muitos pores do sol, cervejas Sol, almoço ao ar livre, poesias ao vento, cantorias na madrugada, conversas no meio da noite, e muito, muito chili na cabeça..... 

Foi  tudo lindo e intenso. Produzi muito, conheci lindas pessoas, lugares  encantandos como Mitla.Aprendi um tanto que guardo até hoje.

Durante o encontro, muitas poetas me perguntaram se eu fazia taller de poesia.

Eu nem sabia o que era taller. Taller pra mim, é um terninho chiqui. Portanto quando elas descobriram que eu compunha como dom, sem regras, apenas sentava e deixava acontecer, elas ficaram estarrecidas. "Mas você não faz taller, não publica?" "Não e não".

Foi dificil explicar que eu escrevo poesia, porque escrevo, que é  assim desde que eu tenho oito anos de idade.

Não sei se elas me entenderam, ou se me acharam uma louca, mas o fato é que essa  minha "inocência" quase estóica me rendeu lindas amizades,como  Veronica Duran, ou Veronica de Nadie, outra poeta nascida do dom.

Muitas de nós, se reencontraram novamente  durante estes anos, na Argentina, no Uruguai, Cuba, Santo Domingo...
E sempre que podemos,  trocamos  mensagens  pelo msn e outras redes sociais.

Na verdade, formamos redes de afeto, e  nos preocupamos umas com as outras, não apenas quando  o país de uma poeta sofre um golpe politico ou acontece um terremoto. Somos ligadas por um elo muito bonito, chamado amor.

Ao trocarmos  e-mails no ano passado, algumas de nós, inclusive  eu, manifestamos o desejo de nos reencontramos em 2014, quando farão  exatamente 10 anos do nosso primeiro encontro na velha cidade do México.


 E vai ser maravilhoso voltar a Oaxaca, essa cidade única, de posse de mim mesma, com uma bagagem mais apurada, ainda achando que taller é terninho, porém com outras vivências, alguns prêmios e  o reconhecimento de um pequeno e fiel público que hoje me  acompanha  e com quem eu compartilho meu trabalho.

Vai ser bom como foi. Ou talvez seja  bem melhor.

Essas são as minhas façanhas.Qualquer dia desses coloco minha memória para trabalhar novamente.

terça-feira, 6 de abril de 2010


Uma fala de uma personagaem qualquer, de um livro, quem sabe.

-Coagida, me finjo de morta, enquanto a loucura vai me sondando em pequenos borbotões que vão se abrindo como fendas densas como machucado de criança que sangra, sangra, até formar uma casca que é arrancada ainda fresca para criar uma outra casca dura e grossa que desvenda  a ferida absolutamete curada.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sento-me e escuto as divagações das paredes
que me perguntam como foi meu dia hoje.
:
Acordei de manhã e limpei a sujeira do churrasco de sábado
Dei de comer aos gatos e troquei  a areia da higiene
Depois fiz café e me despedi do meu braço direito
Ida para o aeroporto.
Correndo arrumei o closet 
e dei por falta de panos de prato
lavei os banheiros com agua sanitária
e troquei os lençóis da cama
Coloquei os livros no escritório
e acariciei os favoritos guardandos-os na cabeceira
Almocei vendo o jornal
e descansei lendo os e-mails
Sai pra comprar os remédios da minha velha mãe
e acabei lhe comprando presentes também
 A despedida foi no ônibus intermunicipal
Caminhando  cumpro mais uma função materna
Buscar na escola, chocolate quente e balé
a chuva fria nos trouxe pra casa
caindo e mais caindo...
Mais fria  que a chuva foram as suas desculpas...
Mas tudo bem.
Agora, blogo  
e ponto
.

domingo, 4 de abril de 2010





dançar conforme a música


DANÇAR CONFORME A  MUSICA
 

DaNçAr CoNfoRmE a MúSiCa


miudezas num saco de guardar confetes...


Eu não quero esperar até envelhecer pra fazer as coisas que tenho vontade, ou que não fazia, porque  tinha medo da mamãe me bater...

Ultimamente Xexeo está um saco, fazendo revival de coisas que nunca ouvi falar, de filmes que nunca ouvi dizer. Coisa com coisa.

E o Dourado foi campeão do BBB. Horror.

Se a ilusão fosse termometro pra alguma coisa, estava literalmente ardendo em febre.

Definitivamente, Primeiros Erros é a música da minha vida....

Pior do que não ter o que fazer é não ter o que escrever.  


Pois sim, senhor.Podes crer, é isso aí.

sábado, 3 de abril de 2010


E se eu quiser ficar aqui olhando da sacada, ninguém tem nada a ver com isso.
Se eu quiser sair de casa, o mundo é grande, meu irmão,  e além do mais, e os seus braços, pra que servem? somente para fazer macarronada?

Ai esse mundo vasto mundo.
Ai essa vida vasta vida.

Daqui onde estou posso ler seus versos.
eles não rimam. Mas  nunca rimaram mesmo.
Mas eles tem açucar, ah isso tem!

Você me pediu paciência.
paciência.
paciência.
paciência.
paciência.
meu parto, paciência.

extrema felicidade: navegar nos teus olhos.....