sábado, 24 de novembro de 2012

VII semana da consciencia negra de japeri

Vamos descolonizar nossos discursos, nossos pensamentos
vamos pensar igual gente, igual humano...
que diferença faz se o outro é preto, branco, mestiço, indio?
se somos pretos, brancos, mestiços ou indios?
que diferença isso realmente faz meu deus?
se cor da pele tornasse o homem mais sábio, mais  forte, mais inteligente, super humano,  se cor da pele trouxesse mais paz , mais gratidão, mais amor para o mundo. isso sim, faria toda a diferença.






Você quer namorar comigo?
Não, não quero.
Te enxoto  porta á fora.... como assim não quer namorar comigo?
Sou demais, recito versos e rio sozinha das bobagens que invento.
Como assim não quer me conhecer melhor?
Sou um aquário vivo cheios de peixes brilhantes que mudam de cor todos os dias e variam conforme as estações...
Tenho riso fácil, peitos pequenos e mãos que não sabem fazer bolos, mas sei tecer carinhos e banhos e massagens infindáveis sem nunca perder o ritmo.
Como assim não quer namorar comigo?
Sou magra nos lugares certos e tenho carne nos lugares certos também.
Não sei falar inglês, mas invento doçuras em linguas estranhas nunca ouvidas antes por nenhum outro homem....
Sou também uma fera indomável, sei lutar pelo que é meu, pelo meu lugar ao sol, só que devagarinho, sem comprometer a vida e a grama.
Gosto da natureza, me jogo nela e morro de medo de trovãos e do fim do mundo.entendo que isso  faz parte de minha essência feminina, mas não tremo ante a baratas, nem a moleques de rua que vagam desvairados pelas ruas... olho-os  nos olhos e eles saem de fininho, minha essência mãe, lhes dá um pito e um acolhimento e eles saem andando entre perdidos e culpados...
Não. você  não quer namorar comigo, porque teme que seu coração exploda de tanto amor e querer e quando você  ver eu te engoli completamente.
e você deixou de ser você pra ser uma parte de mim.
      

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

 Sento aqui esperando que esse sol dure mais do que ele promete
Espero que a vontade surja, indecente e que mova minhas mãos para compor algo concreto, que nem sei se quero mais...
o sofrimento é o mesmo todos os dias. O vazio é o mesmo todos os dias, mas eu me prometo nunca mais escrever coisas tristes, pois elas são pólos atraentes de mais coisas tristes e isso não vai me levar a lugar nenhum.
Tento ler um desses autores modernos. tento ler e ver se de alguma maneira me encaixo em algum lugar, mas não... são meras tentativas,  não quero mais  insistir.
Não posso fixar lendo sempre os mesmos autores esperando que eles me digam algo de novo, que nunca li. Mas eles dizem. Aí fico assim. Dependente.
Outro dia li Bukoswiki. cansei tão rápido, pois estava sempre esperando o inesperado a cada página. E ele sempre vinha. O inesperado. Aí voltei pra quem conheço bem, eu mesma. E estou assim. Tecendo retalhos, ou melhor patchwork. retalhos é algo antigo.. mas  acho que gosto mais.
Tecendo retalhos. quebra cabeças coloridos.
Não quero ordem no abismo.
Aliás, a ordem me enerva, por isso, sou assim, aquariana demais, para uma vida somente.
Não sei o que é certo, e nem quero saber. Estou cheia de angústias. Não as velhas, mas as novas, e ainda não me acostumei a elas.
O bom é que ainda nao doem, mas aos poucos vão me tirando o sono, e eu não gosto de me sentir assim: um personagem.