terça-feira, 29 de abril de 2014

Hoje minha mãe me ligou cobrando minha antiga alegria.
Ela falou dos meus sorrisos incríveis e como eu tocava violão.
ela não se lembrava que era tudo desafinado e disfuncional.  Tirava apenas uma musica  e ela saia toda torta.
O que com certeza ela lembrava era da minha alegria e convicção que eu  tocaria uma musica apenas. Apenas uma, me satisfaria.  E acho que os ouvidos dela agradeceriam.
Ela me lembrou da minha fé, dos meus sonhos, da minha força.
e novamente da minha alegria.
enquanto ela falava, eu tentava me reconhecer nas suas palavras.
era como se falássemos de uma pessoa que eu não conhecia.  Era uma pessoa que eu tinha perdido.
Ela falou que parecia que eu dormia, e não via a hora de eu acordar.
Eu ouvi calada.
Não tinha nada pra falar.
N
em pra lembrar.

domingo, 20 de abril de 2014

Deixar que a alguma palavra me preencha, eis meus passos.
Preciso sair desse vazio de metáforas e encantamentos...

Escrever algo que me satisfaça,  pra essa dor que nunca acaba.
Minar as ausências e criar neologismos para meu vale de lágrimas particular.
De repente, nada mais tem jeito.
Mas de repente, tudo pode dar pé.

 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

 Vestir um vestido amarelo.
Deixar que o sol me invanda
Me cobrir de primavera
Transpirar girassóis.