quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Imagem Sam Weber

Daqui da minha janela vejo um pedaço do céu, algumas arvores e uma grande casa amarela que ainda ostenta a decoração de natal.
Porque será que a dona da casa não teve tempo de retirar as pequena luzinhas brilhantes?
O que aconteceu na sua vida, para que ela congelasse  em seu cotidiano um artefato tão temático?
Mas agora  este artefato não tem graça.
Perdeu o encanto.
Aas luzinhas não brilham mais. Estão apagadas. Enfeitando o nada.
Lembrando de que alguns dias atrás estávamos comemorando o inicio de um novo ano, com as tantas expectativas que isso gera.
 As luzinhas estão lá.
Formam um desenho elaborado que acompanha a arquitetura colonial da varanda.
Lembram de um  tempo em que as esperanças estavam em alta, brilhantes, dando coragem  para nos despedir de  um ano que mais do que nunca queríamos nos livrar. Com suas mazelas. Alegrias pequenas.Dores doídas, frustações que só ganham peso como um gato castrado.
Sonhávamos um mundo novo, com sonhos novos, com o zelo santo que nos acompanha todo final de ano. 
Daqui da minha janela,  vejo o mundo, e ele  me avisa que tudo gira gira gira gira e acaba sempre no mesmo lugar.

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