Escutar os sons que vem de dentro é uma atitude tão sábia...
Larguei a terapia de lado, não disse sequer adeus. O martirio das minhas palavras me apunhalavam em todas as sessões.
Eu bem que sabia  a resposta de tudo.
Eu bem que sabia que devia mandar o mundo se danar e sair atrás do meu destino era só uma questão de tempo.
A unica coisa boa que a terapia me deu foi ter tido a coragem de colocar a minha criança que vivia desde a minha infancia me encurralando a vida ,pra ir brincar.
Mas volta e meia, ela volta esbaforrida, querendo a todo custo deitar na cama da mãe.
E quando vejo ela insistindo, dou de ombros e fumo outro cigarro.
Voltei a fumar depois de dez anos.
Tudo me obriga e minhas costas doem porque  hoje precisei mandar os textos para a editora. Prazo interno. Moça responsável? Não. Estou de olho mesmo é num futuro direito autoral.
Os que tenho atualmente não pagam minhas contas.
Vejam vocês, a minha editora me pede textos, porque não tenho saco para enviar e receber nãos de respostas.
Me obriga.
A vida obriga.
E eu vou entre obrigações e dias afins.
Voltei pro Blog.
Unica saída. Orfã de facebook, por puro querer.
Escritório de campo na varanda. Junto as plantas e a lavanderia.
Faz calor, tiro a roupa.
À noite, esfria. Coloco um echarpe que comprei no camelô de Veneza.
E vou vivendo entre uma coca zero e outros blá bla blas.
Entre Ghost Hunters, CSI e Criminal Intents.
Sonho o dia da casa em pleno cerrado e de nunca mais ter que olhar pra trás.
 

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