É preciso respeitar os dons.
Desde pequena que sigo pelo mundo, fazendo poesia. Não dessas que respiram a mesma pelos poros.
A poesia está em mim, assim, como o Sena está para Paris.
Nascedouro e morredouro a poesia nasceu sem que eu me  desse conta.
Não sei fazer poesia, sem os sentimentos. Não sei manipular as palavras  e faze-las rimas.
Só sei construir castelos de areia, que na primeira onda, se vão.
A poesia é este vasto caminho aberto no peito.
É preciso respeitar os dons.
E no meio do caminho, descobri a prosa infantil.
Angustias...palavras que me deram angústia  e culpa
Não. Não sei escrever pra crianças, embora ame contar as histórias para elas ouvirem.
Qualquer história serve, desde que descompasse, que mexa, que sacuda, que apaixone...
A calmaria chega, quando uma frase insistente martela na cabeça: É preciso respeitar os dons.
Então, sou poeta.
Simples.
Não quero mais que isso.
Apenas uma poeta quieta de passagem por este mundo.
peço apenas que não me cale a palavra.
esta palavra que me move, que me angustia, que me surpreende e que, como sina, sempre me salva.
 

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