Quem sabe os desígnios de Deus?
Quem sabe o que Ele realmente pensa?
Quem coloca palavras na boca do Santo?
Quem sabe o que Deus pensa quando nos enrodilhamos debaixo do cobertor querendo que a nossa vida se esvaia feito sangue?
O que será o pecado aos olhos de Deus? O que ele realmente pensa sobre todas as coisas que ele mesmo criou?
Muitos dirão que minhas perguntas estão atrasadas. As respostas estão todas contidas num livro escrito por homens inspirados por Deus ha mais de mil anos atras.
Escritores. Assim, como eu.
Escritores que acordam de manhã e diante de um lindo de sol e cheios de graça e amor abençoam aquele dia com palavras calmas e dóceis que amansam e dão retidão aos espíritos aflitos.
Escritores que acordam de manha e ao se depararem com uma linda mulher deitada ao seu lado, se labuzam de poesia, de leite e de mel.
Escritores que ao ver a fome e a miséria de seu povo, se indignam e criam hipóteses apocalípticas e subversivas cheias de dor e terror.
Não digo que não me refugio nestas palavras. Nem as nego.
Não digo que não louvo os salmos e que Isaias me impressiona com suas quase sempre certeiras palavras.
Já chorei muito junto ao meu bom pastor e sonhei com suas pastagens verdes e quando quando saia dessas palavras, era como sair de um rio. Limpa, porém molhada, revigorada.Pronta para minhas tantas batalhas davidianas.
Mas quem sabe o que realmente Deus espera de nós?
O que Ele realmente pensa de nós? da vida?
O que Ele realmente pensa ?
Deus. O Deus de verdade, não o da Verdade.
Então, a vida nada mais é do que um infinito mistério aberto diante de nós?
Um mistério tão profundo que nos faz parentes distantes das estrelas
Quem pode dizer o que é certo e errado aos olhos de Deus?
Qual será sua ética?sua estética? sua dialética? Quais serão seus eufemismos?
Se é que um dia saberemos, a fé é o que nos leva adiante.
A esperança, que jaz na caixa de pandora como vicio e não como virtude é o grande triunfo da vida.
A esperança virou a mesa e ao tê-la feito, nos salvou intimamente de nós mesmos e do mundo.
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