Acabei de ler o Encontro Marcado de Fernado Sabino.
É um registro de uma geração. A geração dele.Tão contida na minha, tão cheia de mim mesma e ao mesmo tempo com uma distância tão desconhecida.
Puxar a angústia, bem lá do fundo e trazê-la a tona por si mesma, deixando entornar o caldo, fazer o estrago no cotidiano...
No meio da leitura me senti tão sozinha no mundo.Sozinha com minha amarga melancolia.Sozinha com minha memória,minhas lembranças doídas.
Fernando Sabino conheci na escola, nos livros da coleção Para gostar de ler.Fernando Sabino, CDA, Rubens Braga e Paulo Mendes Campos.
Eram sempre eles.A vida foi generosa comigo.
Eu os amava.Eram tão engraçados. Eu não sabia nada da vida deles. Não conhecia suas projeções intelectuais.Mas eles mexiam com meu eu interior de criança.
Era como se seu previsse a coisa toda, como se meu intimo os reconhecesse.
Eles estão em mim, desde sempre.
Fernando mais que todos. Talvez pelos olhos. Talvez pelo sorriso.
Gostava de olhar sua foto sorrindo, cigarro entre os dedos, quando não era feio mostrar foto de artista com cigarro entre os dedos.
Acabou o encontro marcado. E me vi mais uma vez distante do mundo de Fernando Sabino que tanto amo.Um amor de menina. Pura. amor de quem está descobrindo a vida.
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