terça-feira, 24 de julho de 2012
Assim te espero todas as noites.
Noiva.
Dispo-me sem muita liturgia, e entrego-me sem dó nem piedade nesta espiral de nós dois...
Falamos pouco... Não há muito a ser dito.
Pouco de nós está presente.
Nos comunicando de um jeito que ninguém sabe, nem nunca saberá. Pois este é um orô das deusas, um dos mistérios da infinita pajelança...
Estamos ali, e o mundo ao nosso redor não tem dono, nem lugar para nós dois.
Mas o que há?Diga-me devagar, que é para eu não me assustar...
Há um silêncio que é nosso.
Uma intimidade fingida, que não ousamos admitir...
Negamos nossa maturidade
ela nos expõe ao ridículo;
E não queremos isso.
Todos nossos amigos a nos julgar.
O que realmente importa, ninguém nunca vai saber: te espero todas as noites
noiva.
E cúmplices, vamos seguindo
ambos, sem direção.
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