terça-feira, 23 de outubro de 2007

Adélia



Estou lendo um livro chamado Poesia Sempre, uma publicação da Biblioteca Nacional sobre a escritora Adélia Prado.
Sobre a Adélia só posso dizer duas coisas: Foi com ela que aprendi a amar buganvílias.
E foi através do texto do Rubens Alves, que descobri que eu chupo laranja igual o marido da Adélia,ou melhor, chupo laranja igual gente da roça: Em gomos grandes, enfiados inteiros na boca, cuspindo os caroços e comendo os bagaços.




Para Adélia

Adélia é um encanto.
Uma sombra fresca embaixo de uma árvore frondosa.
Um dia de graça, ou quem sabe, a própria graça.
Adélia é a moça que casou na praça
E também a menina que foi colher chuchus
e só voltou trinta anos depois.

Adélia é um dia claro numa manhã sem rumo
mas é também tempestade forte num céu escuro.
Densa, profunda, tensa, intensa.

Adélia é beleza. Pura beleza.



Como mesmo diz a poeta "Na hora que o poema vem, eu humildemente devo me sentar e escrever".

Só isso.

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