Ontem fui ver a Virada Russa no CCBB, no Centro do Rio.
Fora o taxista que quase me matou com suas manobras radicais entre a Almirante Barroso e a Primeiro de Março, aproveitei bastante a tarde.
Primeiro assisti a mostra de cinema do festival" Assim Vivemos".
São curtas maravilhosos, que jogam uma luz na vida das pessoas com deficiência.
Maravilhoso!!!!
"O Voo da Cegonha" de Laly Cataguases narra o cotidiano de um menino surdo. Seus medos e anseios da chegada de um irmãozinho. O filme é tocante, porque não tem vozes narradas, nem narrativas.Apenas o silêncio que é a voz dos surdos.
O segundo, foi o israelense "Ron" de Amnon Hass, um adolescente com dificuldades de fala que luta para se relacionar com os outros e com a garota porque quem é apaixonado.
O melhor de todos, na minha opinião foi o francês "Simon" de Roinsard Régis que é ao mesmo tempo engraçado e delicado.
Conta a história do tetraplégico Simon que assim como sua mãe, está cansado do seu cotidiano.
Ambos, à sua maneira querem ser ver livres das amarras das suas vidas.
A mãe, das dificuldades de ter um filho com deficiência, das renúncias que fez, das limitações diárias, do cansaço, enfim, da complexidade da situação, e por dependência mesmo com todas as suas limitações.
É um lindo filme.
Depois fui ver a Virada Russa.Obras da coleção do Museu Estatal Russo de São Petersburgo.
Fiquei louca. Literalmente louca, com o que vi.
São obras dos maiores artistas da vanguarda russa, entre eles: Kandiski,Tatlin, a obra fantástica de Malevich que eu na minha santa ig não conhecia e agora sou fã de carteirinha.Os figurinos da ópera Vitória Sobre o Sol que estão no cofre especial, são algo assim de inesquecíveis, os olhos que ao mesmo tempo, fantástico.
E obviamente, não poderia faltar Chagall.
Eu não entendo nada de arte, mas me deu um negócio estranho...
Quando eu entrei na sala e dei de cara com a tela "O Passeio"(Promenade) fiquei tão emocionada, mas tão emocionada, que quase não segurei as lágrimas.
A obra tem luz própria, um encanto e beleza difíceis de descrever.
A concepção do artista de alçar voo é tão leve, é tão livre e sem recortes que encanta exatamente por esta liberdade de se expressar.
Acho que a emoção também aflorou porque gosto muito de Chagall e ver sua obra de perto mexeu comigo. Uma obra de uma poesia tão grande que quase me desmanchei.
Como açúcar na chuva.
Se estiver no Rio,não perca, é tudo muito vivo e rico.
Imperdível.
Classificação livre
Horário: até o dia 23/08-De terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Bom dia, Fafi
ResponderExcluirAdoraria ter estado ai... Que tarde incrível!
Há um selinho para a "Mariazinha Zinha Zinha" lá no "Em Prosa e Verso" esperando para ser retirado. Por favor, dê uma passadinha por lá.
beijos
Dulce
Fafi,que beleza de passeio!Adorei sua postagem!Bjs,
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