quinta-feira, 20 de março de 2014

Ângulos Rotos


Solidão.
Este buraco no peito que me engole toda vez que tusso.
E sei lá se vou, ou se não  vou.
Não me interessa a profundidade das coisas. Apenas encosto o dedo na água para ver as ondinhas se formando.
Nada além disso.  Só superfície,
Se eu pudesse sair daqui agora, fugir por umas escadas rolantes, despencar qual fruta madura e fugir pela saída de serviço sem que ninguém pudesse me ver.
Eu faria.
não não não
Encarar as coisas parecem fáceis nos filmes,  nos livros, nas religiões.
Todos sempre tem um conselho, uma magia, uma plano, uma estratégia para encontrar a saída, todos desejam te ensinar coisas que você sabe muito bem  que nunca poderá fazer.
Entupidores de esperanças.
Será que as pessoas  mudam e podem  se moldar as palavras das outras? aos valores das outras? aos planos e estratégias das outras? às viagens espirituais das outras?
nuncnuncanuncanunca
Tudo delirante em todos delirantes.
As pessoas não mudam e nunca mudarão, porque é assim que as coisas
são feitas e refeitas: para que funcionem desse jeito.
E se você acha que é o certo, é mentira.
E se você diz a verdade é hipócrita.
Precisa viver num mundo de mentiras, guardar as verdades para si até que você as esqueça.
Elas não devem vir à tona, jamais.

As verdades constrangem as pessoas.

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