Depois de cumprir com a minha parte patriótica neste de sete de setembro,fui para Friburgo onde andei por estes dias.
Aliás dias frecos e noites de coaxar de sapos. Uma delícia!
Nunca precisei tanto do descanso como destes dias.
Deu uma revigorada, e até tomei vergonha na cara e subi no teleférico, foi tipo assim um desafio vencido.Eu precisava daquilo.
E como diria meu filho Ma, depois que a gente viaja de TAM,a gente não tem mais medo de nada... ai, ai ai...
Bem tirando o meu fim de semana, quero registrar uma reportagem de ontem no Fantático.
Aliás, duas. E o Eduardo Bueno hein gente? Tô passando mal até agora.Eu já tinha lido um livro dele, mas nunca o imaginei daquela maneira. De que maneira? De uma maneira, sei lá... gostei dele.É inteligente, bem humorado, e muito, muito sexy.
Se todas nós tivessemos tido um professor de História daqueles hein meninas? que estouro!Eu que já sou apaixonada por história, iria explodir...de felicidade, ou de outra coisa qualquer.
Bem, eu não gosto muito das reportagens do Fantático. Acho sempre superficiais, enfadonhas e tendenciosas( tirando uma ou outra, com raras excessões).
A das mulheres poderosas e que sofrem de amor( Maísa, MM, Maria Calas, Carmem Miranda) para mim, não ficou atrás.
Os depoimentos das mulheres entrevistadas,falando de traição como se fosse uma coisa normal, também me deixou com a nuca arrepiada. Parecia pesquisa para a próxima novela das oito.Onde os valores são totalmente invertidos, a nosso bel prazer.
É uma banalização dos sentimentos tão grande que penso que ás bezes sou uma grande tola por acreditar neles.
O depoimento de Manoel Carlos também me chamou atenção, vindo de um autor conhecido como conhecedor da alma femimina.Ele disse mais ou menos assim: " Os homens não se apaixonam perdidamente. As mulheres se entregam, se submetem de uma maneira que as vezes dá até pena..."
Ora, vamos analisar a que essa matéria veio?
Dizer que as mulheres lindas e ricas não são amadas como nós, as reles mortais?
Promover mais uma série de anti-valores, agora apregoando que a traição é uma coisa banal e deve ser encarada como tal?
Que nós coitadinhas, somos seres inferiores, que amamos tanto, mas o amor, ou não é digno de ser amado( caso dos homens) ou só serve para a submissão total e cega, causadora de pena(caso das mulheres.)
Eu não quero que tenham pena do meu modo de amar, Manoel.
Esse amor, e por ventura a dor que esse amor possa ter causado é que me fez ser quem sou, é que me dá as lembranças, e é a matéria que tece a colcha de retalhos, que é a minha vida.
Tenho orgulho de ter amado, mesmo que algumas vezes não tenha sido correspondida.
Eu já traí e fui traída.
E conheço homens que nunca traíram suas mulheres e são perdidamente apaixonados por elas, e são felizes assim. Não os fazem melhores nem piores que os outros.
Conheço homens cafajestes que traem suas mulheres pelo prazer da máxima "caça e caçador" .
Conheço mulheres que fingem que perdoam a traição mas vivem num inferno astral carregando suas pesadas cruzes.
Conheço mulheres que mandam tudo pro inferno e vão recomeçar suas vidas, uma, duas, três vezes.... Quantas puderem,até serem felizes.
Conheço mulheres que amam, mulheres e homens que traem, ricos ou pobres.
Porque traição, mesmo para os mais moderninhos, dói.
E dores causam câncêr.
E não importa se é com a Marylin Monroe ou com a Fafi.
O que eu não suportei foi a tônica da reportagem: Passaram uma imagem de conformidade, que nós, pobres mulheres, somos fracas por amar e temos que nós submeter a tudo,inclusive a traição, porque os homens, ah! os homens são esses seres incapazes de amar...
Ora! Que coisa! Um horror!
Os editores do Fantástico se esqueceram que a vida é sistema aberto, e não um sistema fechado como eles querem.
Agora,porque essa gente insiste em fabricar matérias desse mau gosto?Eu acredito em entretenimento inteligente.Mas parece que não é assim que funciona nestas paragens.
É por essas e outras que não desfaço da minha assinatura da Tv fechada.
Quando tá tudo muito ruim, ainda me resta ver Luzes da Ribalta, abraçada com meus filhos.
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