terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Parabéns pra mim!
Hoje é meu aniversário.
41. O primeiro de uma série.
Vou revelar uma coisa que me deu na telha ontem.
Eu amo mais o dia do meu aniversário do que fazer aniversário em si.
Pra mim, é uma bossa fazer aniversário nesse dia.
Apesar das lendas ao contrário.
A algum tempo li numa revista que os astecas tinham um dia que não constava em seu calendário, que era um dia digamos assim, amaldiçoado. Antes de terminar de ler, eu pensei: Só faltava ser o dia 29 de janeiro.
E não é que era?
MAS APESAR DAS PREVISÕES DOS ASTECAS, até que a vidinha é boa: Tive um pai maravilhoso que cantava cantigas portuguesas, uma mãe compreensiva, irmãos, sobrinhos que amo de paixão, filhos escolhidos, amigos inesquecíveis...
Tive oportunidades, muitas eu agarrei, outras não tive tempo...
Que mais posso querer da vida?
Sobre aquário em 2008
Estes próximos doze meses serão marcados pela dominância do signo de Aquário. O que mais chama a atenção em anos aquarianos é o potencial inovador destes períodos - nada permanece "ordinário". Aquário é, acima de tudo, um signo excêntrico, e a grande motivação de um ano aquariano é fazer diferente, rompendo com a inércia.
Como a palavra-chave para Aquário é liberdade, todos estarão - mais do que nunca - priorizando a importância de sentir-se livre.
( Coisa Linda! Aproveitem todos! Como bons aguadeiros, vos concedemos o ano da liberdade!)
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
///...///
No dia em que fui mais feliz, vi um avião
se espelhar no seu olhar até sumir
....
Há algo que jamais se esclareceu: Onde foi exatamente que larguei naquele dia mesmo o leão que sempre cavalguei.
Lá mesmo esqueci que o destino sempre me quis só
no deserto sem saudade sem remorso
só
sem amarras
barco embriagado ao mar
(A. Calcanhoto)
se espelhar no seu olhar até sumir
....
Há algo que jamais se esclareceu: Onde foi exatamente que larguei naquele dia mesmo o leão que sempre cavalguei.
Lá mesmo esqueci que o destino sempre me quis só
no deserto sem saudade sem remorso
só
sem amarras
barco embriagado ao mar
(A. Calcanhoto)
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Por um triz
Olha,
...
Será que ela é triste?
Será que é o contrario?
...
Se ela acredita que é um outro país...
e se ela só decora o seu papel
...
Será que é de louça?
Será que é de éter?
Será que é loucura?
Será que é cenário
...
E se as paredes são feitas de giz
...
Me ensina a não andar com os pés no chão.
para sempre é sempre por um triz
diz quantos desastres tem na minha mão
diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha,
Será que é uma estrela?
Será que é mentira?
Será que é comédia?
...
e se um arcanjo passar o chapéu
se eu pudesse entrar na sua vida....
( Fragmentos de Beatriz-C.B.Holanda)
...
Será que ela é triste?
Será que é o contrario?
...
Se ela acredita que é um outro país...
e se ela só decora o seu papel
...
Será que é de louça?
Será que é de éter?
Será que é loucura?
Será que é cenário
...
E se as paredes são feitas de giz
...
Me ensina a não andar com os pés no chão.
para sempre é sempre por um triz
diz quantos desastres tem na minha mão
diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha,
Será que é uma estrela?
Será que é mentira?
Será que é comédia?
...
e se um arcanjo passar o chapéu
se eu pudesse entrar na sua vida....
( Fragmentos de Beatriz-C.B.Holanda)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
UM LUGAR AO SOL
A Geração Editorial tem um espaço para que escritores ampliem o universo de seus admiradores. Batizado de Todos Nós, o espaço é aberto para que escritores mandem uma crônica ou um conto para a Geração Editorial. Os melhores textos enviados são publicados no site e o autor escolhido ganha um prêmio-surpresa. Basta enviar o texto identificado com o nome, endereço completo e telefone para todosnos@geracaobooks.com.br. Para saber mais sobre o concurso acesse o site do Geração Editorial.
...
Fiquei muito desapontada com a morte do Heath Ledger.
Gostava demais dele. Sem dúvida era um dos melhores .
Ainda semana passada vi um filme com ele: Honra e Coragem- As Quatro Pulmas, no qual ele contracena com o também excelente Djimon Hounsou.
Isso sem falar do Tourinho.
Perdas, perdas, perdas....
Gostava demais dele. Sem dúvida era um dos melhores .
Ainda semana passada vi um filme com ele: Honra e Coragem- As Quatro Pulmas, no qual ele contracena com o também excelente Djimon Hounsou.
Isso sem falar do Tourinho.
Perdas, perdas, perdas....
sobre crenças
Minha irmã é uma dessas religiosas que acredita que tudo que está fora das doutrinas da igreja católica é ilegal, é imoral e engorda.
Um dias desses, em meio a minha crise de deprê ela vira pra mim e fala:
_ Você tem que jogar esses budas fora! Isso é que tá te fazendo mal.
Eu não hesitei e fui rápida na resposta:
_ Pra mim é só uma imagem, como aquela que cê tem na sua casa de jesus e da virgem maria. Pra mim nenhuma delas fede nem cheira, o que importa mesmo são os exemplos de vida que eles deixaram pra gente.
Buda pra mim , é tão santo quanto Jesus.
E não precisa procurar muito para ver que Jesus, Buda,Krisnna, Maria, tem tantas coisas em comum, atitudes tão lindas de força, renúncia e de amor que é impossível não amá-los a todos, é impossível passar por essa vida e ficar preso somente a uma idéia fixa.
Eu amo a liberdade. Principalmente a liberdade de conhecer.
Porque no fundo no fundo é só isso que importa
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Filminhos da hora
Estou tomando coragem para ir no cinema ver Meu nome não é Jonnhy.
Uma, porque adoro o Selton e outra porque ouvir dizer que a trilha sonora está impagável.
Não que a história me apeteça, porém...
Fui ver a Bússola de Ouro. Sabe que gostei?
Gosto muito de filmes de abusam de coisas insólitas. As almas, serem bichinhos eu achei genial.
Bento XVI parece que não gostou muito. Mas quem se importa com ele?
Ju me fez um pedido discreto: Podemos ver o filme da Xuxa.
Cruzes! eu fingi que não ouvi e, graças a Deus, ela entendeu e mudou de assunto.
Uma, porque adoro o Selton e outra porque ouvir dizer que a trilha sonora está impagável.
Não que a história me apeteça, porém...
Fui ver a Bússola de Ouro. Sabe que gostei?
Gosto muito de filmes de abusam de coisas insólitas. As almas, serem bichinhos eu achei genial.
Bento XVI parece que não gostou muito. Mas quem se importa com ele?
Ju me fez um pedido discreto: Podemos ver o filme da Xuxa.
Cruzes! eu fingi que não ouvi e, graças a Deus, ela entendeu e mudou de assunto.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
BBB8
Não tenho um pingo de vergonha na cara de dizer que estou vendo o BBB 8.( Como fazem algumas pessoas).
Mas gente, o que foi aquilo ontem?
Só porque a Bianca indicou o tal do Rafinha pro paredex, todo mundo chorou que foi aquilo que vocês viram: dilúvio no Rio.
TER-=RI-BLE!
Será que essa gente se esquece que aquilo lá além de ser uma máxi exposição,não é spa não, é um jogo?
Não tenho cabeça para entender isso.
Acabou o BBB na globo e corri pro canal 42, multishow pra filar mais vinte minutos, mas fiquei desanimada com tanto chororô e fui buscar outras coisas pra ver.
Maridinho reclamando: como uma pessoa como eu pode ver o BBB?
Respondi: Como uma pessoa com o Bial pode apresenta-lo?
Tô nem aí.
Final da domingueira chatéssima, eu o Bi resolvemos ver um filminho, mas o sono chegou e acabou com nossa festa.
Sábado vi o filme "Menina de Ouro". Nossa, adorei! Chorei tanto no final que precisei gastar todos os meus lencinhos quardados estrategicamente dentro da minha bolsa de praia.
Mas gente, o que foi aquilo ontem?
Só porque a Bianca indicou o tal do Rafinha pro paredex, todo mundo chorou que foi aquilo que vocês viram: dilúvio no Rio.
TER-=RI-BLE!
Será que essa gente se esquece que aquilo lá além de ser uma máxi exposição,não é spa não, é um jogo?
Não tenho cabeça para entender isso.
Acabou o BBB na globo e corri pro canal 42, multishow pra filar mais vinte minutos, mas fiquei desanimada com tanto chororô e fui buscar outras coisas pra ver.
Maridinho reclamando: como uma pessoa como eu pode ver o BBB?
Respondi: Como uma pessoa com o Bial pode apresenta-lo?
Tô nem aí.
Final da domingueira chatéssima, eu o Bi resolvemos ver um filminho, mas o sono chegou e acabou com nossa festa.
Sábado vi o filme "Menina de Ouro". Nossa, adorei! Chorei tanto no final que precisei gastar todos os meus lencinhos quardados estrategicamente dentro da minha bolsa de praia.
sábado, 19 de janeiro de 2008
Poesia ontem
Ontem estava inspirada e fiquei recitando poesia sozinha até as altas madrugadas..
Entrei num site entitulado " O poema" e li Yeats, E.E. Cummings, Enzra Pound, C. D. De Andrade, Adélia, Vinicius, Hilda Hilst, e até Dylan Thomas, que não sou muito chegada...
A poesia é inspiradora, alimenta a alma de boas intenções.
Nestes dias em que tenho caminhado entre espinhos, o encontro com pequenas coisas belas fazem toda a diferença.
O mais dificil de tudo está sendo organizar o meu dia, quando não tenho vontade de fazer nada. Postar as blônicas, ler poesia, organizar meu livro, desenhar, tem sido meus passatempos. Estou me recusando até a fazer comentários sobre conjuntura. Afe!
Estou ficando mais pedante comigo mesmo. Estou me recusando determinadas coisas. E não é que tem sido ótimo?
Um cadim de poesia:
A CANÇÃO DO DELIRANTE AENGUS
Yeats(1899)
Eu fui para uma floresta de nogueiras,
Porque minha mente estava inquieta,
Eu colhi e limpei algumas nozes,
E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
E, quando as claras mariposas estavam voando,
Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
Eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho
E capturei uma pequena truta prateada.
Quando eu a coloquei no chão
E fui soprar para reativar as chamas,
Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
E, alguém me chamou pelo meu nome:
Apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente
Com flores de maçãs nos cabelos
Ela me chamou pelo meu nome e correu
E desapareceu no ar, como um brilho mais forte.
Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos
Por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
E beijar seus lábios e segurar suas mãos;
Caminharemos entre coloridas folhagens,
E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo
As prateadas maçãs da lua,
As douradas maçãs do sol.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
...
E, ENTÃO FINALMENTE ESTOU DE VOLTA.
ESTA SEMANA PRETENDO FINALIZAR MEU TERCEIRO LIVRO DE POESIAS E MANDAR PRA GRÁFICA.
QUERO UMA CAPA AMARELA.
BEM BONITA E CHAMATIVA COM DETALHES EM COR DE LARANJA.
NESTE MOMENTO, ESTOU REVISANDO OS POEMAS E TOMANDO CORAGEM PARA PEDIR A APRESENTAÇÃO DO LIVRO PARA UM POETA AMIGO.
E assim vou caminhando e cantando e seguindo a canção...
ESTA SEMANA PRETENDO FINALIZAR MEU TERCEIRO LIVRO DE POESIAS E MANDAR PRA GRÁFICA.
QUERO UMA CAPA AMARELA.
BEM BONITA E CHAMATIVA COM DETALHES EM COR DE LARANJA.
NESTE MOMENTO, ESTOU REVISANDO OS POEMAS E TOMANDO CORAGEM PARA PEDIR A APRESENTAÇÃO DO LIVRO PARA UM POETA AMIGO.
E assim vou caminhando e cantando e seguindo a canção...
sábado, 12 de janeiro de 2008
Por aí
Estou em Búzios por estes dias..
Ontem cheguei ao Rio para uma consulta médica e estou indo bem.
Meu médico,que é uma criatura iluminada conversou muito comigo e me deu umas forças maravilhosas.
Vou me matricular na ioga semana que vem e quando estiver prepararada para mim mesma, vou iniciar a terapia com um profissional. Prescrição médica.
Hoje volto novamente para Búzios. Sem telefone, sem internet, sem tv a cabo...
Somente mar azul, mimos de mãe, risos de filhos e sobrinhos amados, peixinho frito,sundaes, e pores do sol, muitos pores de sol.....
O POETA DAS FLORES
Bem, hoje vou postar uma blônica do site Galinha Pulando autorizada pelo poeta baiano Waldeck de Jesus, sobre um outro poeta baiano, o seu Wagner, o Poeta das Flores.
Olha que lindo! São esses exemplos que me dão forças para continuar, pois é isso o que realmente interessa de verdade: Fazer aquilo que a gente ama!
“Sempre gostei de estudar, desde criança. Aos 54 anos me encantei pela poesia e fiz meu primeiro poema "Findar do Ano”, revela Wagner Américo da Silva, 83 anos completados dia 20 de outubro.
O poeta, filho de baianos, nasceu em 1924 na cidade do Rio de Janeiro, durante viagem de férias de seus pais. A família retornou à Bahia com o filho ainda pequeno. Desde então, Salvador tem sido sua nova terra, onde criou raízes e casou-se com Cleusa Ramos, com quem convive atualmente.
Na capital baiana, foi dono de uma rede de armarinhos, desistiu para ter mais liberdade e mais tempo de declamar poemas pelas ruas da cidade. “A riqueza do Wagner [a poesia] é intangível”, declara convicto de ter feito a escolha certa para sua vida.
As flores do poeta
“Eu distribuía flores naturais, mas aprendi com uma senhora a fazer flores de fita de cetim”, fala orgulhoso. O apelido Poeta das Flores foi dado por Beni do Carmo, uma amiga. Daí em diante, Wagner não parou mais de declamar e ofertar flores numeradas. Já distribuiu 8286 flores e poesias até outubro de 2007.
Um dos seus projetos é deixar de ser camelô para dedicar-se inteiramente à arte. Mas a aposentadoria que recebe do INSS não lhe permite o luxo de deixar o mercado informal. Outro motivo justo para continuar batalhando é um sonho antigo de publicar um livro de contos e parte dos 97 poemas que sabe de memória. Wagner economiza tudo que pode a fim de ver seu livro publicado. “Não vai ser um livro rebuscado. Será um livreto de poucas páginas”, suspira com humildade.
O poeta camelô
O dia a dia de Wagner não varia muito. Há exatos 25 anos ele acorda antes das 06 hs da manhã, faz o desjejum e se dirige à barraquinha montada nas escadarias da Barroquinha.
Ali “O poeta das flores” mantém uma pequena banca de camelô, onde vende bugigangas. Retorna para casa no final da tarde, janta e vai dormir, geralmente antes das 8 da noite. “Eu trabalho duro durante o dia e durmo bastante durante a noite” revela o poeta. “Este é o segredo de chegar aos 83 anos de idade com a lucidez de um jovem rapaz”, completa.
Aos domingos, ao invés de descansar, Silva levanta no horário de costume e sai para visitar igrejas e distribuir flores. Seu palco é qualquer lugar onde exista alguém com olhos atentos e ouvidos abertos à arte. Ele percorre ruas, praças, bares e eventos literários, sempre distribuindo sorrisos, alegria, rosas e poesias, na esperança de plantar a paz e o amor por onde passa.
Família de “artistas”
Pai de três filhos, Tchaikowsky, Strauss e Sheila, já adultos e independentes, o poeta escolheu o bairro da Liberdade para morar. O nome dos filhos veio da admiração por músicos (os filhos) e pro uma personagem de novela dos anos dos anos 40 (filha). O lugar onde mora foi escolhido de acordo com suas condições financeiras e também pelo nome do bairro, que “soa como o abrir de uma porta para o mundo...”, diz o poeta.
Num poema auto-retrato, Wagner revela: “No mundo louco de poesia e felicidade, o vil metal faz com que eu seja louco ativo e não possa viver no mundo dos loucos passivos. Eu sou louco”. Mas o Poeta das Flores fica indignado com aqueles que não o compreendem como um louco do bem, um louco que é lúcido e consciente do seu papel de cidadão. Revolta-se com aqueles que não percebem que seu compromisso é com a arte e que dedica sua vida espalhando bondade através da poesia.
Ontem cheguei ao Rio para uma consulta médica e estou indo bem.
Meu médico,que é uma criatura iluminada conversou muito comigo e me deu umas forças maravilhosas.
Vou me matricular na ioga semana que vem e quando estiver prepararada para mim mesma, vou iniciar a terapia com um profissional. Prescrição médica.
Hoje volto novamente para Búzios. Sem telefone, sem internet, sem tv a cabo...
Somente mar azul, mimos de mãe, risos de filhos e sobrinhos amados, peixinho frito,sundaes, e pores do sol, muitos pores de sol.....
O POETA DAS FLORES
Bem, hoje vou postar uma blônica do site Galinha Pulando autorizada pelo poeta baiano Waldeck de Jesus, sobre um outro poeta baiano, o seu Wagner, o Poeta das Flores.
Olha que lindo! São esses exemplos que me dão forças para continuar, pois é isso o que realmente interessa de verdade: Fazer aquilo que a gente ama!
“Sempre gostei de estudar, desde criança. Aos 54 anos me encantei pela poesia e fiz meu primeiro poema "Findar do Ano”, revela Wagner Américo da Silva, 83 anos completados dia 20 de outubro.
O poeta, filho de baianos, nasceu em 1924 na cidade do Rio de Janeiro, durante viagem de férias de seus pais. A família retornou à Bahia com o filho ainda pequeno. Desde então, Salvador tem sido sua nova terra, onde criou raízes e casou-se com Cleusa Ramos, com quem convive atualmente.
Na capital baiana, foi dono de uma rede de armarinhos, desistiu para ter mais liberdade e mais tempo de declamar poemas pelas ruas da cidade. “A riqueza do Wagner [a poesia] é intangível”, declara convicto de ter feito a escolha certa para sua vida.
As flores do poeta
“Eu distribuía flores naturais, mas aprendi com uma senhora a fazer flores de fita de cetim”, fala orgulhoso. O apelido Poeta das Flores foi dado por Beni do Carmo, uma amiga. Daí em diante, Wagner não parou mais de declamar e ofertar flores numeradas. Já distribuiu 8286 flores e poesias até outubro de 2007.
Um dos seus projetos é deixar de ser camelô para dedicar-se inteiramente à arte. Mas a aposentadoria que recebe do INSS não lhe permite o luxo de deixar o mercado informal. Outro motivo justo para continuar batalhando é um sonho antigo de publicar um livro de contos e parte dos 97 poemas que sabe de memória. Wagner economiza tudo que pode a fim de ver seu livro publicado. “Não vai ser um livro rebuscado. Será um livreto de poucas páginas”, suspira com humildade.
O poeta camelô
O dia a dia de Wagner não varia muito. Há exatos 25 anos ele acorda antes das 06 hs da manhã, faz o desjejum e se dirige à barraquinha montada nas escadarias da Barroquinha.
Ali “O poeta das flores” mantém uma pequena banca de camelô, onde vende bugigangas. Retorna para casa no final da tarde, janta e vai dormir, geralmente antes das 8 da noite. “Eu trabalho duro durante o dia e durmo bastante durante a noite” revela o poeta. “Este é o segredo de chegar aos 83 anos de idade com a lucidez de um jovem rapaz”, completa.
Aos domingos, ao invés de descansar, Silva levanta no horário de costume e sai para visitar igrejas e distribuir flores. Seu palco é qualquer lugar onde exista alguém com olhos atentos e ouvidos abertos à arte. Ele percorre ruas, praças, bares e eventos literários, sempre distribuindo sorrisos, alegria, rosas e poesias, na esperança de plantar a paz e o amor por onde passa.
Família de “artistas”
Pai de três filhos, Tchaikowsky, Strauss e Sheila, já adultos e independentes, o poeta escolheu o bairro da Liberdade para morar. O nome dos filhos veio da admiração por músicos (os filhos) e pro uma personagem de novela dos anos dos anos 40 (filha). O lugar onde mora foi escolhido de acordo com suas condições financeiras e também pelo nome do bairro, que “soa como o abrir de uma porta para o mundo...”, diz o poeta.
Num poema auto-retrato, Wagner revela: “No mundo louco de poesia e felicidade, o vil metal faz com que eu seja louco ativo e não possa viver no mundo dos loucos passivos. Eu sou louco”. Mas o Poeta das Flores fica indignado com aqueles que não o compreendem como um louco do bem, um louco que é lúcido e consciente do seu papel de cidadão. Revolta-se com aqueles que não percebem que seu compromisso é com a arte e que dedica sua vida espalhando bondade através da poesia.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
A Tal da Depressão
Andei desplugada estes dias...
Eu achava que tinha minha depressão sob meu controle e então nestes dias descobri que a coisa não era bem assim.
Hoje fazem 17 dias que estou em tratamento.
Estou tomando antidepressivo e passei nos primeiros dias por reações que nunca tinha sonhado na minha vida.
Foram dias muito difíceis, nebulosos, tristes, que me causaram um pavor de não acordar no outro dia.
Tremores pelo corpo, medo, dores de cabeça, confusão do pensamento .
Não saber quem é você, ou que é você, dá um pavor alucinante.
Perder 17 dias lindos de sol, porque você nem sabe se está fazendo sol.
Só pensava em fugir.
Fugir pra longe da minha cabeça que só pensava em enlouquecer.
E eu achava que estava enlouquecendo silenciosamente.
Eu não queria alertar minha velha mãe e meus filhos.
Passados 16 dias, estou melhor.
Não, não acredito que vou enlouquecer.
A reação adversa do antidepressivo é muito forte;
mas não tenho mais vontade de fugir nem de morrer.
Sinto que ainda não sou totalmente quem sou.
O canto o passarinho ainda não penetra na minha alma e me faz feliz.
O sorriso ainda é difícil. Mas mais do que nunca quero viver.
Pela primeira vez em muitos, muitos anos, não fiz planos para este 2008.
Pela primeira vez na vida, vou viver cada dia, como se fosse o único, e ao final dele vou agradecer a deus por ter sobrevivido a ele.
Estou apenas no início do tratamento, e mesmo com todas as dificuldades, reações adversas,e muito medo não vou desistir dele.
Aquela tristeza mortal que vinha sentido a graças a Deus , não sinto mais.
E isso me basta.
Vou fazer poesia, isso sim.
Eu achava que tinha minha depressão sob meu controle e então nestes dias descobri que a coisa não era bem assim.
Hoje fazem 17 dias que estou em tratamento.
Estou tomando antidepressivo e passei nos primeiros dias por reações que nunca tinha sonhado na minha vida.
Foram dias muito difíceis, nebulosos, tristes, que me causaram um pavor de não acordar no outro dia.
Tremores pelo corpo, medo, dores de cabeça, confusão do pensamento .
Não saber quem é você, ou que é você, dá um pavor alucinante.
Perder 17 dias lindos de sol, porque você nem sabe se está fazendo sol.
Só pensava em fugir.
Fugir pra longe da minha cabeça que só pensava em enlouquecer.
E eu achava que estava enlouquecendo silenciosamente.
Eu não queria alertar minha velha mãe e meus filhos.
Passados 16 dias, estou melhor.
Não, não acredito que vou enlouquecer.
A reação adversa do antidepressivo é muito forte;
mas não tenho mais vontade de fugir nem de morrer.
Sinto que ainda não sou totalmente quem sou.
O canto o passarinho ainda não penetra na minha alma e me faz feliz.
O sorriso ainda é difícil. Mas mais do que nunca quero viver.
Pela primeira vez em muitos, muitos anos, não fiz planos para este 2008.
Pela primeira vez na vida, vou viver cada dia, como se fosse o único, e ao final dele vou agradecer a deus por ter sobrevivido a ele.
Estou apenas no início do tratamento, e mesmo com todas as dificuldades, reações adversas,e muito medo não vou desistir dele.
Aquela tristeza mortal que vinha sentido a graças a Deus , não sinto mais.
E isso me basta.
Vou fazer poesia, isso sim.
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