sábado, 19 de janeiro de 2008
Poesia ontem
Ontem estava inspirada e fiquei recitando poesia sozinha até as altas madrugadas..
Entrei num site entitulado " O poema" e li Yeats, E.E. Cummings, Enzra Pound, C. D. De Andrade, Adélia, Vinicius, Hilda Hilst, e até Dylan Thomas, que não sou muito chegada...
A poesia é inspiradora, alimenta a alma de boas intenções.
Nestes dias em que tenho caminhado entre espinhos, o encontro com pequenas coisas belas fazem toda a diferença.
O mais dificil de tudo está sendo organizar o meu dia, quando não tenho vontade de fazer nada. Postar as blônicas, ler poesia, organizar meu livro, desenhar, tem sido meus passatempos. Estou me recusando até a fazer comentários sobre conjuntura. Afe!
Estou ficando mais pedante comigo mesmo. Estou me recusando determinadas coisas. E não é que tem sido ótimo?
Um cadim de poesia:
A CANÇÃO DO DELIRANTE AENGUS
Yeats(1899)
Eu fui para uma floresta de nogueiras,
Porque minha mente estava inquieta,
Eu colhi e limpei algumas nozes,
E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
E, quando as claras mariposas estavam voando,
Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
Eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho
E capturei uma pequena truta prateada.
Quando eu a coloquei no chão
E fui soprar para reativar as chamas,
Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
E, alguém me chamou pelo meu nome:
Apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente
Com flores de maçãs nos cabelos
Ela me chamou pelo meu nome e correu
E desapareceu no ar, como um brilho mais forte.
Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos
Por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
E beijar seus lábios e segurar suas mãos;
Caminharemos entre coloridas folhagens,
E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo
As prateadas maçãs da lua,
As douradas maçãs do sol.
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