terça-feira, 29 de setembro de 2009


(Buzios por mim mesma)

Alternando entre paraiso e o inferno, vou resistindo a ser feliz.

tenho medo do virar da página,
do proximo gole
tenho medo do amanhã.

E ante aos perigos das escolhas

Escrevo uma serenata aos deuses.

Sobre os meus ombros,carrego os infinitos

e algumas flores, porque nem tudo tem que ser do jeito que é.

A vida é feita de particulares.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Faça-me rir.
Conte-me uma piada ácida.
Diga-me qualquer coisa
uma palavra ao menos.
Não me deixe assim, por aí, sem contato com a nave mãe.
Vou vagando caminhos infinitos e quando descanso na beira do caminho,
não tem nem uma árvore para fazer sombra.
bing, bing, bing.
Bang,Bang, Bang.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ainda bienal



Olha uma foto nossa ai: Marido de Cecy, Cecy Fernandes de Assis, Eu e Ademir Moreno Aguillar.
Nós os três brasileiros mosqueteiros, conquistamos o Mercosul!!!

Gente!!!!!!!Mas que perna grossa é essa? Gritando: dieta, dieta, deita, dieta, dieta, dieta, dieta...
E o cabelo?
Affff.

tiê

Descobri Tiê.

atalho


Se as coisas não acontecem do jeito que tem que acontecer, o que eu posso fazer?
Vou me enfiar ralo abaixo ou vou invadir os espaços como louca desvairando pelos poros, vou magoar as pessoas, vou fazer birra igual criança?
Se as coisas não acontecem do jeito que deveriam acontecer, é porque não deveriam mesmo acontecer.
As coisas não dao certo de uma hora pra outra.
É um emaranhado de intenções.
E sacrificios.
Não pense você que basta fechar os olhos, que basta fazer força com as mãos, que basta dar a língua ao acaso que aquele soco na boca do estomâgo é suportável.
O mundo é cheio de intenções.
E se as coisas não acontecem do jeito que deveriam acontecer, tenho preguiça de pensar em caixotes, de correr para o outro lado e descobri os porquês.
Prefiro a fé e a esperança.
Neste momento pra mim, é o atalho.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

sobre comentários

Sabe você que não tem nada o que fazer?
Vá fazer em outro lugar....

Tive que colocar comentários com Id para que os covardes que não tem a coragem de se identificar ao ofender os outros não tenham espaço, neste lugar, que é lugar de construção, de fazer afeto e amizades.

terça-feira, 22 de setembro de 2009


Dia sem carro, vá de bicicleta e se chover, vá de guarda chuva

dor de plástico

(Equestrienne, 1931, Chagall)

Ainda não está na hora de dormir e lá fora cai um temporal.

Na televisão passa um filme infantil, na mesa, meus escritos à mão, uma xicara de chá vazia, uma cartela de comprimidos para dor e dois potes de danone comidos pela metade.

A cabeça variando entre os afazeres que precisam serem feitos antes que as crianças gritem de fome.
E uma incerteza corroendo as entranhas, feitas de certezas tão voluveis como eu mesma fui um dia.Não tem jeito eu não posso continuar me engananado.Não sou mesmo de construir um poema. Não adianta.Eu vivo da inspiração,do momento fulgaz entre o pensamento ulterior e a palavra escrita.

Sou a menina-moça-musa-deusa que acredita, que acredita com força e coragem que poesia, ou qualquer outras escrita que o valha, se faz com inspiração...
No outro dia conserto tudo e vejo se está bom.

Ainda não está na hora de dormir, mas gostaria de me recolher em meu quarto e começar a ler meu livro do Kierkgaard sem ser interrompida por ninguém, principalmente pelas lembranças.

Gostaria de ter gravado a nossa última conversa, para cada vez que desejasse falar com você, eu pudesse recorrer e sob pseudônimo oculto reviver a amargura que tu me deste.
Abraao sacrificou Issac.
Eu tenho que sacrificar você

A porta de saída sempre esteve aberta me esperando, mas sou teimosa das insistências e riscos.
Isso me entristece e cansa ao mesmo tempo.

Invento desenhos no canto da página e nomeio flores de planetas inexistentes.

Minha cabeça deu para doer todos os dias, pensando coisas que não deveriam ser pensadas porque fazem parte do que não são e nunca serão.

Mas a dor está ali, permanece tum, tum, tum, como uma mão batendo na porta do porão.
Essa saudade que vai me intoxicando devagar, o medo de falar e não ser ouvida, a angustia de não ser importante pra ninguém.
É uma dor real. Não uma dor de plástico.
Quem me dera ser tudo que você queria que eu fosse.
Mas sou apenas eu com meus defeitos e ciume dramático.
Sou apenas eu com meus cabelos pintados e uma vontade de fumar às escondidas.
Sou apenas eu, de corpo inteiro, pronta pra te abraçar e pra comer os restos das comidas das crianças.
Nada de especial.
Esse desespero pelo teu abraço. Pelo teus olhos.É pesadelo de todo instante.
O barulho da chuva me enerva.
Meu corpo é todo saudade,
Meus pés tem frio.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

coisas da bienal

Tudo correu bem na Bienal.

Mas me deu uma pensadeira legal.
Pensei em quantos de nós, escritores novos estamos batalhando no mercado?
Ver tantos livros, tanta gente circulando, tantos pessoas com os crachás roxos de autor, tantos sonhos juntos e tudo que é preciso fazer para batalhar um lugar ao sol,me deu muito, muito o que pensar.

Vontade de me recolher, de não sair da ostra, sentimento de coisa nenhuma e de que tudo que você escreve é um emaranhado da casa dos mafagalfos...

Foi bom conhecer a Cecy de Assis, ela me deu aula de persistência e sabedoria.

Descobri também que gosto mesmo de contar histórias e que deveria ter continuado minhas aulas de teatro.
Tenho medo de escrever romances, mas gostaria de ser critica de televisão.

Adoro Buenos Aires definitivamente e sonho com um amor irrevogavelmente.

Bem uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas andei vendo algumas entrevistas e uma delas foi com a Talita Rebouças, ela é bonita e tem luz própria mas nunca li nada dela.

Sou da praia da Ana Maria Machado e da Ruth Rocha.

Ou de repente de praia nenhuma, vai saber.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

bienal do rio

Levei as crianças na Bienal no domingo e fiz um circuitão mangá com os garotos.

Tudo lotado. Filas para todos os lados,até para comer um simples docinho português esperava-se mais de vinte minutos!E tudo muito caro, diga-se de passagem.

Nem pude ver nada direito,porque estava neurótica com medo de perder as crianças.

É, realmente eu sou muito dramática!

No final das contas,não fui ao Café Literário que tava rolando papos incriveis,também não curti muito a floresta de livros,achei interessante,mas esperava mais,e não vi nenhuma apresentação porque estava tudo lotado.

Quer dizer,fui na bienal e não fui.Curti e não curti.

Na Vozes, o Leonardo Boff deu um autógrafo num livro dele que queria comprar há tempos" A águia e a galinha".
Conversei um pouquinho com ele.
Chamei-o de frei.
Ele não olha nos olhos.

Por falar em Bienal, estarei por lá,fazendo uma modestíssima divulgação do meu livro infantil "O menino que queria chorar estrelas"

Modesta não porque eu seja humilde,mas porque a própria editora falou que não vai ter nem mesa de autografo, já que o espaço é mínimo.

Enfim...

Não desanimem!

Dia 19, às 11 da manhã,estarei por lá.

Todos serão super benvindos!!!!

domingo, 13 de setembro de 2009

Ontem ,Maraca.
Show do Adriano. Como o Time jogou bem!!

O Pet tem umas arrancadas ma-ra-vi-lho-sas!!

Agora, que torcida é essa? O Flamengo ganhando de 2 a 0, e a galera na cadeira, se descabelando. Imaginem se tivesse zero a zero?

Me divirto vendo o desespero dessa gente. Isto é, somente quando não estou entregue ao desespero também.
A partir de hoje vou fazer igual a Miyuki Hatoyama,futura e excêntrica primeira dama japonesa: Vou comer sol.
Todos os dias.
Pela manhã.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

os normais 2

Ontem me enchi de tudo e saí de casa disposta a encarar a linda tarde de inverno.

Fora aborrecimentos com a 3G da vivo,o saco de ter que aturar fila na loja TIM, resolvi entrar cinema e ver Os Normais 2.

Devo dizer que não fazia isso há anos,ou seja, há anos que eu não entrava sozinha num cinema,e olha que faço isso desde os doze anos,quando batia ponto todo final de semana nos Cinemas América e Carioca,na praça Saens Peña.Hei,alguém se lembra de como eram bonitos esses dois cinemas,um do lado outro, em calçadas diferentes em pleno coração da Conde de Bonfim?
Os cinemas tinham uma arquitetura do Rio antigo,muito bonita mesmo, eu amava.
Foi no America que assisti 8 vezes ao filme Grease,para aprender os passos de dança de Olivia Newton John e John Travolta.

Porém, nos últimos 15 anos só vou ao cinema com as crianças,raras são as vezes que curto um cineminha para"adultos", e como a Ju ainda é pequena, virei habitué de cinema infantil,que por sinal,não tenho nada contra,mas é bom poder estar só novamente, fazendo o que gosto, e ir ao cinema é uma das coisas que mais gosto de
fazer na vida.

Feliz com minha liberdade recém re-descoberta,compro o tal do combo super.Quase engolida pelo enorme saco de pipoca, entro feliz na salinha escura,mas obviamente,sessão das 2,quarta-feira de promoção,eu não podia esperar muito da platéia.

Ou seja,o cinema estava repleto de muito jovenzinhos,muito bate papo,celulares tocando, gargalhadas fora da hora,comentários-tolerância-zero e silêncios inesperados.

Não,não devo reclamar,afinal, o bonito da vida, é conviver.

Respirei fundo, me concentrei na pipoca,no refri de 700ml,e encarei uma das tardes mais divertidas da minha vida.

O filme é um comédia escrachada.

Vani e Rui, são incompatíveis no relacionamento mas os atores dão um show, totalmente integrados nas suas personagens,que dá um gosto gostoso de ver,ou melhor de rir.
Até o senso comum fica engraçado na interpretação da Fernanda Torres.

A história do filme se passa numa noite apenas,e a verdade da vida é aquela mesma.

Qual casal não tenta,ou tentou pelo menos uma vez na vida sair da rotina, e saiu por aí buscando alternativas para os seus relacionamentos?

Tudo poderia ter dado certo,se a história não fosse do Rui e da Vani.

O texto leve,saudável é tão cheio de... Fernanda Young.
É, eu sei,o roteiro é dela, e ela mesmo ausente, faz uma ponta perceptível nas falas que saem da boca da Vani.

Quem mais poderia nos dias de hoje falar xoxota, senão Fernanda Young?
Eu sou super fã dela.

Vá correndo ver o filme.É massa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

...

Coisa desimportante essa de ter que ficar sofrendo coisas pra poder escrever.
Que coisa horrorosa ter que submeter à palavra aos desenganos do dia a dia.
Pensando bem, eu poderia escrever um verso qualquer e fingir que assim cumpro ordenadamente a rotina.
Queria na verdade,uma bóia.
Dessas bem grandes, coloridas e com um buraco no meio, para eu passar desapercebida nesse oceano de intenções.
Sim, sei que passei das medidas.Mas não tô nem aí.
Vou continuar aqui, onde estou, desenhando coraçõezinhos de hidrocor.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Estupidamente procuro uma razão para as coisas.
Tudo que é definitivo me incomoda um bocado.
Gosto de coisas que posso duvidar, do desafio de me surpreender.
Mas se alguém me magoa, paro um pouco pra pensar em mim.
E vejo que levei anos pra me aceitar como sou,pra me revirar entre as minhas dores e crescer.
E qualquer um acha que pode vir e desestabilizar com palavras o que demorei anos para construir?
Não.A coisa não é bem assim.
Da mesma maneira que nunca deixei o medo me paralisar,não deixarei as ofensas me paralisarem.

Venci mais esse round..

Outras Miudezas:

Agora com relação ao blog tenho repensado com inquietude seu futuro.
Vamos ver até onde vai as minhas dúvidas.
E a dádiva da palavra.
Dádiva.
Dúvida.

Afinal,tudo começa com D e termina com A.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

há doenças piores que as doenças





Há doenças piores que as doenças,Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,e demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio. Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

(Fernando Pessoa)