Cena de hospital, 22h de uma quarta feira, num municipio da Baixada Fluminense.Um médico e paciente conversam.
-Me explica que eu não estou entendendo, o que você está sentindo agora? Esquece o que você sentiu de de manhã.
-Agora, eu sinto uma pressão dos lados da cabeça, uma tonteira, vontade de vomitar, pressão no peito, angustia, moleza, fraqueza, vê, eu não quero nem conversar com você. Aliás, já tem uns dias que eu não quero conversar mais.
-Sei. Mas me explica como é isso.
- Eu não sei explicar, sei que estou me sentindo mal, será que foi a Antartica que eu bebi ontem? De repente é uma ressaca daquelas e eu preciso tomar uma glicose básica.
-Não, não é isso não.
- Pressão alta?
-Não, sua pressão tá 12/8.
-Hummm, sei. Então o que será?Aborrecimento não é, estou muito contente ultimamente. Isto é, fora as contas acumuladas, mas isso eu já estou acostumada, todo mês é sempre assim.
-Você me falou que já tomou antidepressivos. Parou há quanto tempo?
-Virgem santa, minhas mãos estão tremendo vê? Um ano e dois meses. É só falar em anti depressivo que eu fico nervosa...
- Pois é, não fica nervosa não. Minha indicação é que você procure seu médico, converse com ele e recomeçe o tratamento, você está sentindo emoções e sentimentos conceituais demais,coisas inexplicavéis, apresenta humor triste, seus sintomas físicos indicam que você está inicinado novamente o processo depressivo...
-Desculpe Dr., eu não queria chorar....
- Tudo bem. Enfermeira, traz um lexotan pra ela.
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