O mar de nós mesmos,  revolto, sem calmaria, nos traz  garrafas abertas e pedaços de barcos despedaçados, nos deixa a revelia das coisas e lugares,  náufragos seguimos sem norte....quem sabe até encontrar uma ilha perdida no meio de coisa nenhuma... 
 O mal de nós mesmos,  é aquele que negamos, mas que que habita em nós...  cegos,  damos voltas e mais voltas nos atalhos para dizer que  o mal está sempre o outro...Mas quanto mais negamos o mal em nós, mais ele se fortalece...
E a  mediocridade de nós mesmos? a escondemos nas gavetas e deixamos emborolar, para que ela esqueça  de se manifestar, enquanto atônitos, levamos o cachorro pra passear...
E essa vontade de roer a corda e sair do mundo? O que é afinal?
 Vontade de não estar,  de não ser,  de se perder e  nunca mais voltar  para o lugar que  é nossa prisão...

  Mas e se durante a volta  não tiver nada além das violetas na janela? Encafifadas.Morrendo  de febre neste calor de 40 e poucos graus?

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