Tonia Carreiro e Anselmo Duarte
Ontem assisti ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro transmitido pelo Canal Brasil.
Foi a primeira vez que assisti a um prêmio de cinema brasileiro na televisão ao vivo.
A Platéia estava lotada dos nossos melhores atores e diretores. Achei super bacana a premiação, do nosso cinema, que tira onda mesmo, com nossos atores múltiplos, contação de histórias tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão contemporâneas, tão cheias de nossa cultura e identidade.
Mas com esse prêmio me dei conta de duas coisas: Eu vejo muito pouco cinema brasileiro.
Na verdade escolho o que vejo, pois aqui na baixada só são distribuídos os grandes filmes de bilheteria. Para ver um filme considerado de pouca bilheteria, ou sei lá qual o critério usado, tenho que me mandar para o Cine Estação Botafogo ou outro cine que o valha.
E pegar a Dutra, depois a Linha Vermelha para ver um filminho, nesses dias de engarrafamentos espinhosos é dose de matar um leão.
Restam os DVDS ou Canal Brasil.
Mas fica ai a dica, pra quem quiser fazer projeto, que quiser investir em salas de exibição com filmes brasileiros e estrangeiros independentes, venham para a baixada, porque tem público aqui.
Portanto, fica o apelo: Distribuidores e produtores tragam seus filmes para serem exibidos na baixada fluminense!
O Cinema Brasileiro merece ser assistido democraticamente por todos.
Outra coisa. A presença da Dama Gloria Menezes falando do Anselmo Duarte.
Anselmo é um dos poucoa atores além do Oscarito que eu em lembro muito da minha infância.
Anselmo era consideradissímo na minha familia, minhas tias a-do-ra-vam ele! Minha mãe é fã ardorosa até hoje.Era Anselmo pra cá, ninguém se compara a Anselmo Duarte pra lá.
E até eu que não tinha nada a ver com isso e ainda era uma criança suspirava junto com a tia Ely em frente a televisão nas reprises dos filmes, quando o galante ator entrava em cena com os seus cabelos pretos, de lado... Um pão!
Era muito gostoso ver aqueles filmes!
E também rir com o Oscarito, com o Grande Otelo, com o Mazzaropi? Que delicia!
Mas voltando a Dama Glória.
Fiquei muito emocionada com o texto lido por ela do Ignacio de Loyola Brandão, exaltando as qualidades e também os defeitos desse grande ator e diretor.
Diante do que foi lido no texto sobre o esquecimento nacional do Anselmo, me dei conta que a única sala de exibição que tenho conhecimento que leva o nome dele se encontra em Japeri, na baixada fluminense.
O nome da sala foi uma homengem que o cineasta e professor Pablo Cunha do Coletivo Cine Guandu queria prestar ao Anselmo, um monumento do cinema brasileiro que ainda se encontrava vivo e lhe servia de inspiração.
A Sala de Cinema Popular Anselmo Duarte com 80 lugares foi inagurada em 2004.
"O Programa Salas Populares de Cinema, numa parceria com a Telemar, tem por objetivo proporcionar à população de baixa renda a chance de assistir ao melhor do cinema nacional. O programa, implantado em julho de 2004, quando foram instaladas oitos salas, também presta uma homenagem a atores e diretores, dando seus nomes às unidades que, em geral, têm capacidade para 100 pessoas.
As Salas Populares de Cinema foram aprovadas pelos cineastas, que colaboram com doação de filmes. O programa já recebeu mais de 50 produções. Zelito Viana, que dá nome à Sala Popular de Mesquita, na Baixada Fluminense, doou nove filmes. Também o cineasta Anselmo Duarte, que batizou a sala de Japeri, na mesma região, doou quatro produções suas. João Moreira Salles, Sérgio Bloch, Nélson Pereira dos Santos, Octávio José Nogueira Bezerra Cavalcanti e a produtora Conspiração Filmes também estão entre os doadores."(fonte: http://www.imprensa.rj.gov.br/)
Vida longa ao Cinema Brasileiro!
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