sexta-feira, 11 de junho de 2010

salão do livro fnlij

Preciso contar o que aconteceu ontem no lançamento livro do Chico Memdes.

Logo pela manhã me apossei do Espaço Leitura e contei a historia para os alunos da rede de ensino do Rio. Infelizmente não peguei o nome das escolas, mas deixo aqui meu beijo especial para todos e todas que lá estiveram.

Quando escrevi o livro pensava o tempo todo na possibilidade de uma criança lê-lo e  minha preocupação era que ao ler, pudessem compreender a trajetória do Chico em sua escalada para denunciar e anunciar os fatos ocorridos em seu pedaço de chão.

Fiquei muito emocionada contando a história, pois sentia nos olhos das crianças que elas  compreendiam realmente o que aconteceu.
Isso ficou bem claro na hora das perguntas.

A história de um homem que desde menino vive na pobreza e ajuda a familia a sobreviver.
Um menino que aprende a ler aos dezoito anos e que descobre através de um revolucionário socialista  que se esconde na floresta que é capaz  não somente de aprender as letras e a filosofia mas que é capaz de lutar contra as injustuças vividas no seu mundo.
Houve uma conexão entre as crianças e   o Chico.
-Mas ele era bom porque ele foi assassinado? -uma menina me perguntou.

Eu respondi tentando trazer para nossa realidade.

O noticiario está cheio de mortes. De  inocentes e culpados.

Aquelas crianças sabiam disso mais do que ninguém, são alunos das Escolas do Amanhã. Escolas  situadas em áeas de risco social.

Mas senti que ficaram compadecidas da perda de um homem com uma trajetória de vida tão bonita e com tantos sonhos, e que com uma simplicidade inacreditável ameaçava tantas pessoas poderosas.


No final da nossa conversa ficou claro: Lute e acredite e  não desista dos seus sonhos.

Foi lindo.


Para vocês terem noção do barato que foi ,o Alexandre, um aluno que assistia a contação, levanta, pega o microfone e fala assim: Você falou que essa é uma história verdaeira, mas você falou uma mentira.

Eu preocupada : -É?  Me diga qual?

-Nunca que uma floresta vai amanhecer sem canto de passarinho.

Opps. Saia justa.

 Olha ele aí, Alexandre.

Ele fazia referência a uma parte do texto em que digo que a floresta amanheceu sem canto de passarinho no dia da morte do Chico.
Um fofo.

Depois fui autografar no stand  da Rocco,  e  foi super  demais, vendemos muitos livros, fiz muitos contatos  e fui convidada a voltar.
Estarei no Stand da Rocco nos dias 16 e 19 a partir das 14horas, autografando o livro.

Beijo espaciais pra quem passou por lá: Verinha,Calico, Cosme, Alcir, Geraldo Guajajaja, Zé Guajajara, Silvio Dias, Paulo Côrrea, Fernando,Julia, e quem esteve lá de coração e de oração.

Um beijo também para quem mandou e-mail, telefonou e torpedou.

Carinhos espaciais para minha editora Luciana Paixão da Prumo.  Uma Fada.

Agradeço a todos.

PS: Fotos só depois que a 3G da  Vivo decidir funcionar decentemente....

Mais no linkhttp://www.fnlij.org.br/salao/?cod=93

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