(imagem maggie taylor)
Assim como Clarice Lispector também me sinto impulsiva.
aliás sou muito impulsiva, talvez até demais.
Mas somente quando as coisas me sufocam de maneira exagerada.
Quando a água transborda do copo e as pessoas ao redor insistem em continuar enchendo-o como se nada estivesse acontecendo.
Sim, é exatamente assim que funciona. Ajo impulsivamente quando estou a sabor das intempéries do outro.
Sou impulsiva para fugir do outro.
Sou impulsiva para caçar minha liberdade.
Odeio gaiolas que me impõem.
Porque já luto muito contra as gaiolas autoimpostas.
Fora isso sou calma, quase patética na minha insegurança.
Me finjo adulta algumas vezes porque é necessário. Mas ultimamente, tenho notado que esse fingimento está me levando a uma atuação forçada por tempo demais.
Estou adulta demais. Ciente demais das responsabilidades da vida.
Adulta com meus filhos.
Adulta para ver um filme de amor.
Adulta pra beber e não me embriagar.
Adulta pra não fumar o que gosto
Adulta pra comer feijão com arroz.
Adulta pra fuder.
Enfim, estou sendo adulta demais, sem necessidade nenhuma.
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