terça-feira, 23 de dezembro de 2014


É preciso ser casca grossa.
É preciso ter casca grossa,
É preciso escolher: Eu os outros?
O melhor pra mim? ou o melhor para os outros?
O que eu penso? ou que os outros pensam?
Quem eu sou? ou que os outros acham  que sou?
Na frente ou atrás?
Meninos ou meninas?
Ter? meter? sofrer? emburrecer?  crescer? me capacitar? satisfazer... a quem? a mim? aos outros?

Essas são as minhas reflexões de ano novo.
nada de dietas, de metas inalcançáveis, de coisas que zuretram a cabeça.
Não quero mais nada disso.

Sinto muito aos interessados, ou desinteressados.
Minha lista de ano novo só tem eu.
Decidi que 2015 é meu.
E encaro com meus olhos de criança na boleia de um caminhão de mudança.

O que eu quero pra mim, o que é melhor pra mim, quem eu deixo na minha vida, quem eu tiro. O trabalho que eu quero fazer, com as pessoas que eu escolher( graças a deus e ao universo, posso fazer isso...), quem me faz rir, tá dentro.

Quem me faz chorar, me espezinha, me humilha, me arrebenta, que se exploda no universo.

Quem quiser fazer palhaçada na minha vida, que procure outro picadeiro, porque este aqui, está fechado, meu bem.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014



Final do ano sempre o mesmo blá blá blá

Dizem que é o  tempo da esperança, do amor e do perdão....
Onde essa gente encontra verdade nessas fabricações de verdades?
Tempo de esperança é sempre, tempo do amor é sempre , tempo do perdão, é sempre.
Sempre que necessário.
Sempre que preciso.
E sempre que descer goela abaixo.
A esperança nem sempre rola. Os dias de baixo astral são muitos, e são bons. O que não mata, fortalece.
O amor, pode virar desamor, ódio, ou sei lá mais o quê, depende do freguês.
O perdão... bem o perdão.. tem que fazer muita oração e muita penitência.
Não é fácil perdoar.
Tem que ter auto estima forte, pensamento firme e aptidão para levar a vida na mariola.
Tem que ter fígado, estômago, e dependendo do ocorrido e da pessoa envolvida na questão, perdoar, significa nunca mais olhar para a cara do dito(a)  cujo(a).
Simples assim.  
Portanto,  não me venham com mais dos mesmos.
O que eu quero mesmo é comer rabanada....

segunda-feira, 28 de julho de 2014

E então... a vida.

decepções...

Decepcionar-se com uma pessoa é um ato de amor ao contrário.Não é ódio, nem amargura, nem despeito ou tristeza.

É decepção.

É  ter esperado pelo que podia ter sido e nunca foi.

Pela esperança da mudança que nunca veio.

Decepcionar-se é ter acreditado em algo melhor, num gesto diferente, numa palavra fora do lugar, é ter apostado e ter perdido.

Não é desamor.
Nem ódio.

É algo grande. Profundo.

E tão profundamente amargo, quanto o vazio.


terça-feira, 3 de junho de 2014

diálogos da copa

 

- Vamos ver esse jogo Portugal e Grécia?
- Pra que? O Brasil não vai pegar eles mesmos...
- Quem sabe? futebol nunca se sabe...
-Olha a escalação do time da Grécia... ..Não tem nem um brasileiro jogando!!!!

- É claro né? é a se-le-ção da Grécia, minha filha!!!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

sobre Deus


Quem sabe os desígnios de Deus?
Quem sabe o que Ele realmente pensa?
Quem coloca palavras na boca do Santo?
Quem sabe o  que Deus pensa  quando nos enrodilhamos debaixo do cobertor querendo que a nossa vida se esvaia feito sangue?
O que será o pecado aos olhos de Deus? O que ele realmente pensa sobre todas as coisas que ele mesmo criou?
Muitos dirão que minhas perguntas estão atrasadas. As respostas estão todas contidas num  livro escrito por homens inspirados por Deus ha  mais de mil anos atras.
Escritores. Assim, como eu.
Escritores que acordam de manhã e diante de um lindo de  sol e cheios de graça e amor abençoam aquele dia com palavras calmas e dóceis que amansam e dão retidão aos espíritos aflitos.
Escritores que acordam de manha e ao se depararem com uma linda mulher deitada ao seu lado, se labuzam de poesia, de leite  e de mel.
Escritores que ao ver a fome  e a miséria de seu povo, se indignam e criam hipóteses apocalípticas e subversivas cheias de dor e terror.
Não digo que não me refugio nestas palavras. Nem as nego.
Não digo  que não louvo os salmos e que Isaias me impressiona com suas quase sempre certeiras palavras.
Já chorei muito junto ao meu bom pastor e sonhei com suas pastagens verdes e quando quando saia dessas palavras, era como sair de um rio. Limpa, porém molhada, revigorada.Pronta para minhas tantas  batalhas davidianas.
Mas quem sabe o que realmente Deus espera de nós?
O que Ele realmente pensa de nós? da vida? 
O que Ele  realmente pensa ?
Deus. O Deus de verdade,  não o da Verdade.
Então, a vida nada mais é do que um infinito mistério aberto diante de nós?
Um mistério tão profundo que nos faz parentes distantes das estrelas
Quem pode dizer o que é certo e errado aos olhos de Deus?
Qual será sua ética?sua estética? sua dialética?  Quais serão seus eufemismos?
Se é que um dia saberemos, a fé é o que nos leva adiante.
A esperança, que jaz na caixa de pandora como vicio e não como virtude é o grande triunfo da vida.
A  esperança  virou a mesa e ao tê-la feito, nos salvou intimamente de nós mesmos e do mundo. 

sábado, 17 de maio de 2014


É preciso respeitar os dons.
Desde pequena que sigo pelo mundo, fazendo poesia. Não dessas que respiram a mesma pelos poros.
A poesia está em mim, assim, como o Sena está para Paris.
Nascedouro e morredouro a poesia nasceu sem que eu me  desse conta.
Não sei fazer poesia, sem os sentimentos. Não sei manipular as palavras  e faze-las rimas.
Só sei construir castelos de areia, que na primeira onda, se vão.
A poesia é este vasto caminho aberto no peito.
É preciso respeitar os dons.
E no meio do caminho, descobri a prosa infantil.
Angustias...palavras que me deram angústia  e culpa
Não. Não sei escrever pra crianças, embora ame contar as histórias para elas ouvirem.
Qualquer história serve, desde que descompasse, que mexa, que sacuda, que apaixone...
A calmaria chega, quando uma frase insistente martela na cabeça: É preciso respeitar os dons.
Então, sou poeta.
Simples.
Não quero mais que isso.
Apenas uma poeta quieta de passagem por este mundo.
peço apenas que não me cale a palavra.
esta palavra que me move, que me angustia, que me surpreende e que, como sina, sempre me salva.
 

quarta-feira, 7 de maio de 2014




Então entre um dia cheio de indagações e indignações estou aqui.
 Não tenho nome de  de passarinho... Que pena.
Maria... Maria.... Nome de santa?
E no meio do dia, do suor escorrendo, das inúeras  fatalidades,
resolvo dar um chute na vida e ir gravar um disco.
Com poesias.
Ulterino.
Cheio de vida que me falta
cheio de alegrias que fui deixando pra trás.
Como vai você?
Como vai realmente você, Maria?
Me encontre na esquina do hotel.

E no meio da noite, não escapo do destino.
E quando lembro do meu dia, da minha pequena felicidade, do meu chute no ar, choro.

Me recuso de fazer de minha vida uma prisão.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Hoje minha mãe me ligou cobrando minha antiga alegria.
Ela falou dos meus sorrisos incríveis e como eu tocava violão.
ela não se lembrava que era tudo desafinado e disfuncional.  Tirava apenas uma musica  e ela saia toda torta.
O que com certeza ela lembrava era da minha alegria e convicção que eu  tocaria uma musica apenas. Apenas uma, me satisfaria.  E acho que os ouvidos dela agradeceriam.
Ela me lembrou da minha fé, dos meus sonhos, da minha força.
e novamente da minha alegria.
enquanto ela falava, eu tentava me reconhecer nas suas palavras.
era como se falássemos de uma pessoa que eu não conhecia.  Era uma pessoa que eu tinha perdido.
Ela falou que parecia que eu dormia, e não via a hora de eu acordar.
Eu ouvi calada.
Não tinha nada pra falar.
N
em pra lembrar.

domingo, 20 de abril de 2014

Deixar que a alguma palavra me preencha, eis meus passos.
Preciso sair desse vazio de metáforas e encantamentos...

Escrever algo que me satisfaça,  pra essa dor que nunca acaba.
Minar as ausências e criar neologismos para meu vale de lágrimas particular.
De repente, nada mais tem jeito.
Mas de repente, tudo pode dar pé.

 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

 Vestir um vestido amarelo.
Deixar que o sol me invanda
Me cobrir de primavera
Transpirar girassóis.  

sexta-feira, 28 de março de 2014

65% dos brasileiros acham que mulher de roupa curta merece ser atacada




"A tolerância à violência não está ligada a características populacionais. Mas autores do trabalho consideram que algumas condições, como morar em metrópoles, ter escolaridade mais alta e ser mais jovem podem reduzir o risco desse tipo de comportamento. Para os pesquisadores, o fator preponderante para a tolerância é a adesão a determinados valores. Pessoas que acreditam que o homem deve ser o cabeça do lar, por exemplo, estão mais propensas a achar que a violência, em muitos casos, se justifica" ( Fonte: Folha de São Paulo) 

Em  que  mundo nós estamos  vivemos meu deus?
É realmente assustador que as mulheres em pleno século XXI tenham que passar por este tipo de justificativa para a violência,  para a demência,  para o machismo... Horrorizada.

segunda-feira, 24 de março de 2014

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Vamos lá, diz o peito acabrunhado.
Vamos lá, reaja e senta.
Deixa vir, que ela vem.
Está doida pra sair dessa jaula que se encontra.
Vamos, você consegue! grita o cérebro ensimesmado
Até quando? murmura o coração
Até quando vai ficar guardando tudo isso aí dentro de você?
Liberte-se! Senta! Reage! Levanta! inspire! se deixe levar! Liberta!
Ela vem...
Ela sempre veio. Porque não viria agora?
Vem ou não vem, poesia?
Ela  murmura baixinho: Eu vou.    
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Não me resta outra alternativa. Vou te guardar no meu baú de esqueletos.  

quinta-feira, 20 de março de 2014


Foto: Por do sol em Buzios/RJ

Acabou o verão.

Ângulos Rotos


Solidão.
Este buraco no peito que me engole toda vez que tusso.
E sei lá se vou, ou se não  vou.
Não me interessa a profundidade das coisas. Apenas encosto o dedo na água para ver as ondinhas se formando.
Nada além disso.  Só superfície,
Se eu pudesse sair daqui agora, fugir por umas escadas rolantes, despencar qual fruta madura e fugir pela saída de serviço sem que ninguém pudesse me ver.
Eu faria.
não não não
Encarar as coisas parecem fáceis nos filmes,  nos livros, nas religiões.
Todos sempre tem um conselho, uma magia, uma plano, uma estratégia para encontrar a saída, todos desejam te ensinar coisas que você sabe muito bem  que nunca poderá fazer.
Entupidores de esperanças.
Será que as pessoas  mudam e podem  se moldar as palavras das outras? aos valores das outras? aos planos e estratégias das outras? às viagens espirituais das outras?
nuncnuncanuncanunca
Tudo delirante em todos delirantes.
As pessoas não mudam e nunca mudarão, porque é assim que as coisas
são feitas e refeitas: para que funcionem desse jeito.
E se você acha que é o certo, é mentira.
E se você diz a verdade é hipócrita.
Precisa viver num mundo de mentiras, guardar as verdades para si até que você as esqueça.
Elas não devem vir à tona, jamais.

As verdades constrangem as pessoas.

sábado, 15 de março de 2014

Gal Costa: "Sua Estupidez" (1969)


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Oh!!!! take me back to the start...

...

wikivida


Felicidade:
Artigo de luxo e de revista, elemento fundamental  dos contos de fada e  dos posts do facebook,  procura desvairada dos tempos modernos, motivo de insatisfação e frustação quando não alcançada, elemento que pode causar depressão caso não esteja na bula do remédio, componente fundamental em comédias românticas e romances da harlequim. Delírio. Incapacidade de entender a realidade.



Alegria: Acordar toda manhã, tomar sundae, riso de filho, trabalho bem feito e terminado. Dormir até tarde, conversar por horas e horas e horas  com quem se gosta. Acordar de mal humor e de repente, receber um SMS de bom dia. Dormir na rede, fazer xixi depois de 5 cervejas, beijar de língua, fazer as unhas, cultivar hortaliças ou temperos, ler um livro, escrever uma poesia, andar no mato, vestido novo, acordar com passarinho,  beijo de mãe. elemento das coisas simples e cotidianas. Componente fundamental da observação diária. Benção para  quem a percebe. Capacidade de  viver bem, com qualidade de vida. Artigo simples.  Indicada para pessoas comuns.

sexta-feira, 14 de março de 2014

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Aqui é meu espaço  onde ninguém me detém.
onde monopólios, medidas tiranas não tem poder de conter minhas enxurradas...
 Meu espaço... onde divago e deliro e viajo e faço o que me der na telha...
A hora que meu dique romper...
A hora que a moça quiser sair pra passear, ela vai...
Não mais a menina assustada que olha pela fresta da porta...
A moça...
Aquela moça bonita de riso frouxo...
aquela moça que olhava pro céu, sempre pro céu...
E tropeçava.
E encontrava o caminho, pois o caminho é esse mesmo.
Esse bem aí na frente.
Este espaço é meu.
E aqui, ninguém  pode manipular as minhas traças, as minhas tranças, os meus mistérios...
Vida pequena essa que vivo.
Estão querendo me caçar... e eu não sou sequer uma fera....
Sempre estive a procura.
As  vezes acho.
Ás vezes nunca.
No  meu encalço.
Eu vou.
     

quinta-feira, 13 de março de 2014

É
É isso aí.
Eu aqui.
Um invólucro no peito.
Eu peço pra baixar a televisão.
Três chopps depois do lançamento do livro de uma conhecida. Ela fala bem. Defendo o que escreve, o que pensa, o que vê...
Me senti  destituída de mim, cada vez que ela falava uma palavra_ eu como escritora..., ela dizia.
eu ouvia com um rombo no peito.
O que eu estou fazendo com minha palavra?
A lembrança de mim como menina, é um dia de vento forte.
vejo meus cabelos voarem. muito lisos e castanhos quase claros.
Eu via o mundo de uma maneira e corria, corria pra escvever o que eu sentia.
O mundo...
eu mudei?
o mundo mudou?
Eu escritora.
O que aconteceu? porque  tudo se rompeu?
O que eu quero pra mim?
-Eu quero muitas coisas no mundo, ela disse.
alguma coisa se rompeu em mim.
Eu também.
Eu também quero muitas coisas pra mim.
Mas o que  são essas coisas?
Faço força  para  pensar nas minhas preferências
 Eu não sei.... eu não sei;...
Estado de lagarto.
Tres chopps depois, eu não penso mais.

quinta-feira, 6 de março de 2014



-Ahamm. Ele ainda me faz rir.
- Então pode-se dizer que você é feliz ao lado dele.
- Quem sabe.

domingo, 2 de março de 2014

Faço o caminho inverso.
Não quero postagens no facebook, nem descortinar minha intimidade para desconhecidos amistosos.
Minha intimidade são as minhas palavras, minha sina de menina.
Não quero falar da minha vida e nem saber o que alguém está pensando agora,, neste  exato momento.
Se foi ao cinema com o amante.
ou se matou a própria tia.
Não quero curtidas em tragédias pessoais, nem saber o menu do almoço.

Melhor sumir, e esquecer as plataformas surreais.

Faço o caminho inverso.
Um caminho ulterior, uteriano, desconcertante e hermenêutico.

Um caminho sem volta.
E as coisas vão.
Vão mesmo quando suas pernas param pra descansar.
quando seus ombros pedem pra arregar.
As coisas vão.
mesmo quando parece que  o mundo vai acabar daqui a três minutos e, você não  não  vai ter tempo, sequer de se despedir de quem  é importante pra você.
As coisas vão.
As coisas são assim.  

Flor do Cerrado - Gal Costa e Caetano Veloso

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

De volta ao ponto inicial.
De volta a fase terminal.
De volta ao ponto de chegada. De onde nunca deveria ter partido.
Eu sei...
Eu sei...
E sempre deveria ter sabido.
Mas se a manivela não funciona, como a máquina vai andar?
Vou recitar verbos.
Se eu não me olho, tu não me olhas
Se tu não olhas, eu não me olho
se ele não me olha, ele não me olha
se nós não nos olhamos, pra onde vamos?

E assim, como a água sempre encontra um meio.
volto praqui.
Da onde nunca deveria ter saído.