quarta-feira, 12 de março de 2008
Ou isto ou aquilo
Fiquei sem internet de manhã, e aproveitei pra pensar um pouco na minha saga desse mês: aniversário da Juju.
Santo pai,mas é tanta coisa pra resolver!
Salão, bolo, decoração, uma discoteca básica....Não seria mais barato contratar um bufê? Sei lá.
Preciso de um help.
Vou falar uma coisa horrível: mas filhos de mães deprimidas, não deveriam fazer aniversário.
Os preços estão pela hora da morte. A depressão aumenta. A pressão também.
E eu não sei onde essa garota anda se metendo que fica cheia de histórias. Quero isso, quero aquilo.
Eu dei uma de Cecilia Meireles e cortei logo o barato: Ou Isto ou aquilo.
Ora bolas.
E sem internet, não tem distração, então fui organizar os textos para mandar para o Concurso João de Barro. Li, reli, dei uma mexida e tal.
Eu nunca acho que está realmente bom,que o texto está pronto pra ganhar mundo.
E este é um concurso concorrido,que alguns mestres da literatura infantil também participam. Mas não tenho medo disso. Tenho medo de mim mesma.
Que sempre se desorganiza e manda tudo no última hora.
Tenho medo é de mim mesma e dessa estranha mania que tenho de me sentir incompleta.
Outro dia li um artigo com o Jorge Amado no qual ele dizia mais ou menos que, ninguém precisava ficar procurando seus erros,pois ele sabia perfeitamente quais eram.
E é verdade. A gente sabe mesmo.
Porém, acredito que saber lidar com essas limitações, com as imperfeições, com os próprios erros, sabendo perseverar, faz toda a diferença entre quem consegue seu lugar ao sol ou não.
Não é fácil escrever.
É um exercício de misercórdia, mas também de muito trabalho, de muita leitura, de muita dor de cabeça.
Enquanto isso, vou batalhando meu lugar ao sol.
"Todos os meus escritos ficaram
inacabados; sempre novos pensamentos
se interpunham, associações de idéias extraordinárias e inexcluíveis,
de término infinito"(Fernando Pessoa)
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